Durante missão oficial à China, o governo brasileiro anunciou dois importantes avanços no setor de bioenergia: a assinatura de um memorando de entendimento para ampliar as exportações de etanol ao país asiático e a previsão de US$ 1 bilhão em investimentos para a produção de combustível sustentável de aviação (SAF) no Brasil. Também foi anunciado um novo centro de pesquisa em energia renovável, fruto da cooperação bilateral.As iniciativas foram destacadas pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (UNICA), que considera os acordos um reflexo da confiança internacional no modelo brasileiro de produção de biocombustíveis. Segundo a entidade, o setor tem se fortalecido com base na integração entre governo, indústria e centros de pesquisa, o que tem possibilitado a atração de investimentos e a expansão da presença do Brasil em mercados estratégicos.O presidente da UNICA, Evandro Gussi, apontou que a articulação institucional tem sido fundamental para inserir o país nas discussões globais sobre transição energética. Ele também ressaltou que os biocombustíveis brasileiros são respaldados por mecanismos de sustentabilidade como os créditos de descarbonização (CBIOs) e a análise do ciclo de vida, que mensura as emissões de gases de efeito estufa do campo ao consumo."A articulação institucional que temos acompanhado, especialmente em agendas bilaterais e multilaterais, permite que o Brasil ocupe espaços estratégicos no novo desenho energético global. Esses avanços só são possíveis graças à liderança do governo federal, que tem conduzido com pragmatismo a inserção internacional do setor” ressalta Gussi.A expectativa é que os novos investimentos gerem empregos, promovam inovação tecnológica e fortaleçam o papel do Brasil na exportação de combustíveis renováveis. Com a realização da COP30 prevista para 2025, o país espera ampliar sua influência nas discussões climáticas, apresentando seu modelo de bioenergia como uma alternativa viável e escalável de descarbonização.