A produção de biocombustíveis na Austrália ainda conta com uma porcentagem pequena, devido à falta de incentivo fiscal por parte do governo australiano, contudo novos padrões de combustíveis solicitados pelo Serviço de Agricultura Estrangeira (FAS), o qual faz parte do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos em outros países, pode fortalecer a produção do combustível renovável no país ainda em 2022. Um relatório desenvolvido pelo FAS destacou que hoje o país conta com poucos reservatórios para etanol e biodiesel, mas que o país é rico em matéria-prima para ambos os combustíveis renováveis.Com isso, a instituição divulgou esta semana que um novo padrão de combustível a partir deste mês de janeiro será exigido, onde a gasolina terá a redução em seus componentes de 42% para 35%, o que segundo a FAS poderá fomentar o uso do etanol no país. Em nota, a instituição destacou que o etanol é hoje o principal substituto dos componentes da gasolina e que com as mudanças o país espera triplicar o uso atual de bioetanol nas misturas de gasolina, o que pode inclusive fomentar as importações e também aumento do uso doméstico. Ainda de acordo com a FAS para atender o novo padrão cerca de 370 ML adicionais de etanol serão necessários, além dos 180 ml utilizados hoje em dia. “Se encontrado a partir de fontes domésticas, isso representaria aproximadamente o triplo da atual produção estimada de etanol combustível na Austrália” destacou a instituição em nota. O FAS explica que a redução dos aromáticos da gasolina faz com que o nível de octanas do combustível caia, por isso o etanol é um importante substituto, visto que o biocombustível é um potenciador de octanas superior e é amplamente utilizado na Europa e nos Estados Unidos também. Malásia também aumentará mistura de biodiesel para 20% em 2022E assim como a Austrália, os esforços em volta do mundo para o desenvolvimento de combustíveis renováveis vem acontecendo de forma gradual.Outro país a aumentar a mistura do combustível renovável é a Malásia, a qual aumentará o biodiesel em 20% até o final de 2022. O programa que prevê o aumento do biocombustível no diesel foi adiado devido à pandemia do novo coronavírus, mas agora deve sair do papel, segundo o governo do país. De acordo com o Argus Media, a Malásia tem hoje 2 milhões a 2,5 milhões de toneladas por ano de capacidade de biodiesel, sendo 1,1 milhão de toneladas/ano direcionadas ao consumo próprio e os demais para exportação. Com a pandemia, os números nas exportações caíram, o que fez com que o programa revisse a necessidade de inserir mais biocombustível em sua matriz energética e também na mistura dos combustíveis atuais para diminuir as emissões de CO2. Além da pandemia, a Malásia também teve problemas em suas exportações de biodiesel devido às inundações na península da Malásia. Com isso, para os contratos futuros, o governo do país decidiu atualizar sua infraestrutura em 30-35 depósitos de combustível antes que o projeto entre em vigor. Fonte: Biomassa BR
