Futuro das florestas energéticas em Mato Grosso do Sul será discutido em setembro

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Tema será abordado durante o 5º Congresso MS Florestal Online que acontece nos dias 04 e 05 de setembro

As probabilidades serão debatidas dentro do painel As Florestas do Futuro que integra a programação do 5o Congresso MS Florestal Online, que acontece nos dias 04 e 05 de setembro, com transmissão online gratuita. A palestra será apresentada por Erich Gomes Schaitza, Pesquisador da Embrapa Florestas e Ana Gabriela M. C. Bassa, Diretora da ArborGen, com coordenação de Edimar Scarpinati, da ArborGen.

De acordo com o pesquisador Erich, dentre todos os temas que serão abordados, o painel trará uma pequena retrospectiva do que foi pesquisado em termos de florestas energéticas, sobre a experiência em silvicultura e manejo florestal na Embrapa. Depois, irá contar sobre algumas lições aprendidas em 40 anos de pesquisa da entidade, discutir crescimento, densidade da madeira e teor de umidade. Segundo ele, esses três fatores são importantes para quem vai plantar florestas energéticas e também para quem vai gerar energia com elas. Por exemplo, um quilo de madeira totalmente seca gera 4800 kcal. Se estiver úmido, esse mesmo quilo gera 2000-2300-3000 kcal, pois gasta energia para retirar a água do processo. Isso gera uma oportunidade interessante para a secagem de madeira antes de entrar no processo industrial de geração de energia, seja calor ou eletricidade.

“Quando a gente fala de geração de energia, está falando de queima direta e geração de vapor, produção de produtos densificados como pellets e briquetes, carvão, biocombustíveis líquidos ou gaseificação. Vou falar um pouquinho desses processos e de suas perspectivas e como a biomassa florestal tem diferentes origens e outras ligações com o mercado (por exemplo, florestas ligadas a indústria de celulose ou serrarias), vou tentar amarrar as duas coisas. O futuro está nas mãos de quem conseguir integrar usos, gerando não só um produto, mas tendo uma gama de produtos, uns dando mais dinheiro, outros menos, uns de grande produção, outros de menor produção, mas de maior valor agregado. E a energia é parte importante desse futuro”, revela Erich.

Já Ana Gabriela Bassa da ArborGen faz uma apresentação ímpar em que fala dos impactos da genética florestal na rentabilidade de um empreendimento florestal com eucalipto. Segundo Gabriela, “o maior crescimento de uma floresta resulta em madeira mais barata, aumentando os lucros das empresas, e o rendimento em celulose e densidade básica da madeira elevados, reduzem o custo da produção de celulose. E a densidade básica é o fator que mais influencia na geração de energia, por isso devemos ter sempre este cuidado na escolha do material genético a ser usado num plantio florestal”.

O tema do congresso é Extensão das Cadeias Produtivas do Setor de Base Florestal, o propósito é mostrar que as florestas plantadas podem ser utilizadas como matéria-prima para diversos tipos de produtos. Temas como carvão vegetal e engenharia em madeira também serão abordados. Como palestrantes estarão profissionais reconhecidos nacionalmente.

De realização da Reflore/MS e do Senar/MS, e organização da Paulo Cardoso Comunicações, o congresso acontece nos dias 04 e 05 de setembro, no primeiro dia em formato online e no segundo dia de forma online e presencial (no auditório da Famasul, em Campo Grande-MS). Além de ter acesso as palestras e mesas redondas, os inscritos também terão a oportunidade de participar por meio de um chat interativo, por onde poderão enviar perguntas e fazer comentários durante toda a programação.

Serviço: as inscrições são gratuitas e devem ser realizadas pelo site www.msflorestalonline.com.br. Mais informações pelo telefone (67) 3341-4933.


Fonte: Biomassa BR / Reflore MS

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