A Eldorado Brasil Celulose inaugurou, em parceria com a Valmet, a Central de Processamento de Biomassa de Madeira Inservível. A nova linha de picagem, localizada no complexo industrial da companhia em Três Lagoas (MS), substitui o uso de diesel por energia elétrica renovável gerada internamente. A iniciativa tem o objetivo de ampliar a matriz energética da empresa e aprimorar a qualidade da biomassa utilizada para geração de energia.Anteriormente, a biomassa era processada nas florestas da companhia com equipamentos movidos a diesel. Com a nova estrutura, o material passou a ser transportado para a unidade industrial, onde é picado por equipamentos acionados por motores elétricos. A nova operação tem capacidade de produção de até 1.500 toneladas de biomassa por dia, reduzindo a emissão de carbono e aumentando a eficiência do processo.Processo de picagem automatizadoO processo ocorre de maneira automatizada. Caminhões transportam toras de madeira não utilizadas na produção de celulose até a mesa de alimentação, onde o material segue por uma correia transportadora com detector de metais até o picador a tambor. Após a transformação em biomassa, o material é direcionado para a Usina Termelétrica Onça Pintada (UTOP), onde abastece a caldeira de força para geração de energia renovável integrada à rede elétrica nacional.Segundo Marcelo Martins, gerente geral industrial da Eldorado, a mudança busca atender às exigências de qualidade da usina e aumentar a eficiência do processo. Ele também aponta que a substituição do diesel por energia renovável reduz as emissões de carbono e amplia a independência energética da empresa."Essa mudança garante o atendimento às exigências de qualidade da Usina Termelétrica Onça Pintada, reforçando a eficiência e a sustentabilidade da operação. Além disso, ao substituir o diesel por energia renovável, reduzimos também as emissões de carbono e aumentamos a independência energética da empresa” ressalta ele.A Eldorado Brasil afirma remover da atmosfera 12 vezes mais gases do que emite. Com a nova linha de picagem, espera ampliar sua contribuição para a redução de CO2 e explorar oportunidades comerciais com a biomassa processada. A empresa também menciona que a iniciativa fortalece a economia circular ao destinar biomassa para outras empresas.Atualmente, 96% da matriz energética da companhia provém de fontes renováveis. Em 2024, a empresa também inaugurou uma mini hidrelétrica, tornando-se a primeira indústria a utilizar efluentes tratados para geração de eletricidade. A nova linha de picagem é mais um investimento nesse contexto de eficiência energética.De acordo com Fábio de Paula, gerente de sustentabilidade da Eldorado, a nova operação se alinha aos princípios ESG e impacta positivamente a companhia, a comunidade e a economia local, incluindo a criação de empregos diretos e indiretos."Nosso foco vai além da eficiência operacional; buscamos alinhar cada etapa do processo produtivo aos princípios ESG. A nova linha de picagem reforça nosso diferencial competitivo ao adotar soluções inovadoras e sustentáveis, gerando impacto positivo na companhia, na comunidade e na economia local, incluindo a criação de empregos diretos e indiretos para atender essa nova operação” explicou ela.
