Biogás e biometano destaca-se como uma estratégia chave para o Paraná

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Nova lei do gás pode trazer oportunidades para a inserção do gás renovável na matriz energética

O Paraná, um dos principais estados brasileiros, está emergindo como um líder na produção de biogás e biometano, impulsionado por suas características agropecuárias e agroindustriais, bem como por políticas públicas proativas. Com 742.000 metros cúbicos por dia e 198 plantas de biogás, das quais 136 são de origem agropecuária, o Paraná ocupa o 4º lugar em produção de biogás no país, sendo o segundo estado com maior número de plantas instaladas. O potencial é ainda maior, apontando para uma produção de mais de 2 milhões de metros cúbicos por dia de biometano.

Guto Silva, secretário de Planejamento, destaca que o estado tem investido significativamente no setor, com políticas de incentivo e marcos regulatórios estabelecidos. A Política Estadual do Biogás e Biometano, aprovada em lei, oferece isenção de ICMS e outros incentivos para operações relacionadas ao biogás. Além disso, o Paraná assinou um pacto com diversas entidades para ampliar a implantação dessas energias no meio rural, fortalecendo programas como o RenovaPR e o Banco do Agricultor.

"A área de biogás e biometano, aliás, tem sido estratégica para o Paraná, visto que as características agropecuárias e agroindustriais do Estado, o adequado saneamento e tratamento dos resíduos gerados e a força da indústria dão ao Paraná liderança no potencial produtivo dessas energias" explica ele.

A utilização do biometano também se estende para substituir combustíveis tradicionais, lenha e GLP, reduzindo o impacto ambiental. A Companhia Paranaense de Gás (Compagas) tem desempenhado um papel crucial nesse avanço, finalizando chamadas públicas para aquisição de biometano e visando expandir sua matriz de suprimento com energia renovável.

Além disso, o Paraná está se preparando para entrar no mercado de hidrogênio renovável, com o desenvolvimento do Plano de Hidrogênio do Paraná e a produção de hidrogênio renovável em fase de testes pela Copel segundo Silva. Essa transição energética não apenas promove uma nova fonte limpa de energia, mas também oferece oportunidades para o desenvolvimento de biofertilizantes e soluções sustentáveis para o especialista.

Com investimentos previstos de mais de R$ 2,5 bilhões ao longo de 30 anos, o Paraná busca expandir sua infraestrutura de distribuição de gás e atender às demandas crescentes, priorizando a eficiência, segurança e inovação. Com isso, o estado reforça seu compromisso com metas de sustentabilidade e consolida sua posição como líder na transição energética no Brasil.

"A atuação da Compagas é pautada pelo Plano Estadual do Gás e pelo que determina o novo contrato de concessão firmado com o Governo do Paraná pelo período de 30 anos, a contar de julho de 2024 a julho de 2054. O novo contrato prevê investimentos e ações que visam ampliar a utilização do gás natural e o atendimento a um número cada vez maior de paranaenses, com eficiência, segurança, competitividade e inovação. Os investimentos da nova concessão serão divididos em ciclos de cinco anos" pontua Silva.

"O novo período de concessão, que se inicia em julho de 2024 prevê investimentos mínimos de mais de R$ 2,5 bilhões que serão utilizados para expandir sua atuação e atender as 10 mesorregiões do Estado, a iniciar pelas Regiões Norte e Sul do Paraná. Ao longo dos 30 anos da nova concessão é previsto um crescimento de mais de 120% da rede canalizada de distribuição, com a implantação de mais de 1.000 quilômetros de novos gasodutos, a ligação de mais de 60 mil novos usuários e um volume de mais de 40 bilhões de metros cúbicos de gás distribuídos até 2054. A Companhia também direcionará recursos para a área tecnológica e para a inserção do biometano na matriz de suprimento, com o foco de também entregar energia renovável e reforçar o compromisso com as metas de sustentabilidade" finaliza Silva.

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