O governo de Belém, capital do Pará, está pensando em investir na tecnologia waste energy, a qual transforma resíduos em energia elétrica. Na última semana, uma reunião realizada entre representantes do Grupo Pró-Energia e o prefeito da cidade, Edmilson Rodrigues, destacou detalhes sobre o projeto, bem como os benefícios obtidos através da tecnologia.Na ocasião, a Empresa Veredas, por meio do Grupo Pró-Energia, apresentou o projeto de uma usina termoquímica para o tratamento de resíduos sólidos. Totalmente desenvolvida no Brasil, a tecnologia obtida no empreendimento expõe os resíduos sólidos a elevadas temperaturas, entre 800 graus e 1200 graus. Dessa forma, um gás de síntese (singás) acaba gerado, bem como é responsável por alimentar uma turbina que gera energia limpa. O processo, por sua vez, se chama gaseificação de resíduos sólidos segundo os especialistas. Além disso, segundo o Grupo Pró-Energia, a usina tem capacidade de converter 250 toneladas de resíduos sólidos em 5 MW de energia elétrica.A tecnologia, por sua vez, foi comentada por Rodrigues, o qual destacou a modernidade e potencial da solução apresentada. Ele ressaltou ainda que a adesão da tecnologia por Belém, pode permitir que a cidade se destaque na próxima COP30, evidenciando sua capacidade de desenvolver um sistema de limpeza urbana compatível com padrões de países desenvolvidos, ou seja, com um desenvolvimento verdadeiramente sustentável."Esse projeto é uma solução moderna e que pode ajudar Belém a receber o mundo durante a COP-30, mostrando sua capacidade de desenvolver um sistema de limpeza urbana e revelar a cidade igual a uma de primeiro mundo, ou seja, com um desenvolvimento verdadeiramente sustentável" ressaltou o prefeito.Quem também comentou o assunto foi Rafael Ioriatti, representante do Grupo Pró-Energia. Na ocasião, ele pontou que a usina termoquímica oferece uma solução ambientalmente adequada para a problemática da destinação de resíduos, assim como explicou que no processo de queima dos resíduos, há um subproduto, denominado cinzas, que pode ser aproveitado para a produção de fertilizantes e como aglutinante na construção civil, assegurando que nada seja desperdiçado."Nesse processo de queima do resíduo sobra um produto, que podemos chamar de cinzas, que é aproveitável e destinado para a produção de fertilizante, assim como aglutinante na construção civil, ou seja, nada se perde” ressaltou Ioriatti.A expectativa agora é que a tecnologia seja realmente aderida pela capital do Pará, bem como se torne um exemplo positivo para outros estados brasileiros.