Produção de energia através da biomassa está sendo aprimorada pela Embrapa

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Pesquisa desenvolvida pela UNESP em parceria com a instituição prevê produção um bioproduto a partir de pellets não madeireiros.

A produção de energia limpa a partir da biomassa está sendo estudada no Brasil. A fonte renovável tem trazido oportunidades, sendo os pellets um deles. Uma pesquisa desenvolvida pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), desenvolvida em conjunto com a Universidade Estadual Paulista (UNESP), decidiu fazer experimentos de modo a desenvolver um subproduto de boa qualidade a partir deles de forma não madeireira.

De acordo com a instituição, o estudo incorporou glicerol aos pellets, os quais são produzidos por resíduos não madeireiros. Vale destacar que o bioproduto já é desenvolvido no país a partir de grandes cadeias produtivas, especialmente madeira. A novidade, no entanto, envolve o uso de biomassas diferentes na produção de pellets, o que permite abranger diversos outros setores, assim como modifica suas propriedades para a produção de energia já que houve a adição de glicerina no estudo.

A incorporação do produto, segundo a Embrapa, potencializa sua utilização na agroindústria brasileira. Diferente dos pellets normais, o agropellets com glicerol, como foram chamados, são mais densos e podem oferecer soluções mais sustentáveis para recuperar energia a partir de subprodutos do bioetanol e biodiesel. Dessa forma, além de conseguir um produto renovável de qualidade, o experimento permitirá diminuir a dependência de processamento de madeira e biomassa lenhosa para biocombustíveis sólidos tradicionais.

Em nota, Andre May, pesquisador da Embrapa Meio Ambiente reforça que os novos pellets desenvolvidos pela pesquisa agregará sustentabilidade à produção energética. Isso acontece porque a glicerina incorporada ao bagaço da cana e resíduo lignocelulósico conseguiu aumentar a densidade de biomassa dos pellets.

Vale lembrar que o glicerol é um subproduto do biodiesel.e oferece um aditivo adequado à fabricação de sólidos combustíveis. No estudo de pellets, no entanto, o produto continua em fase de testes e mais experimentos a fim de desenvolver alternativas relacionadas a pellets não madeireiros, além de aumentar a compreensão sobre as relações entre matérias-primas, produtos e processos.

“A pesquisa mostrou que é possível condensar energia de maior densidade aos pellets do que a biomassa original. Isso amplia a possibilidade de usos e mercados para esses produtos, como no transporte e estocagem de energia de forma mais segura” explicou May.
Todos os pontos abordados pelo estudo podem ser encontrados no site oficial da Embrapa na internet.

Fonte: Biomassa BR

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