A cogeração de energia foi bastante destacada na última semana em um seminário desenvolvido pela Associação Brasileira de Geradores de Energia (Cogen). O evento aconteceu na sede da Federação das Indústrias do Paraná (FIEP), em Curitiba e teve como objetivo mostrar as vantagens desse modelo de geração de energia, bem como destacar as oportunidades do biogás e do biometano no Paraná. Com a presença de membros da indústria paranaense, de agências reguladoras e de fornecedores de equipamentos para o setor, o evento trouxe quatro painéis sobre o cenário das energias renováveis no estado, os quais tiveram como temas-base a Indústria, Regulação, Biogás e Biometano e Infraestrutura.Em nota, o João Arthur Mohr, gerente de Assuntos Estratégicos da entidade de classe, destacou que o seminário reforça o potencial paranaense para a produção de energias renováveis, em especial o biometano. Para ele, a isenção de impostos para a cadeia produtiva se faz necessário.“Com certeza, é uma oportunidade muito grande para que a gente possa tornar as nossas indústrias ainda mais competitivas. Temos um potencial gigante, pois o que antes era um passivo ambiental, passa a ser uma solução energética. E, no Paraná, temos isenção de impostos para toda a cadeia produtiva do biogás e do biometano ", explica ele.Vale destacar que a cogeração se define como duas formas de ou mais formas de energia a partir de uma única fonte de combustível. Dessa forma, além da energia elétrica em si é possível também criar outros subprodutos como calor, vapor e o próprio CO2. Na indústria o modelo tem sido cada vez mais adotado, uma vez que traz vantagens importantes. Newton Duarte, presidente da Cogen, afirma que a cogeração possui eficiência energética que pode chegar a até 90%, evitando assim perdas, que costumam ser maiores nos métodos de geração de energia convencionais. Atualmente o gás natural é o mais utilizado, contudo é aí que surgem as oportunidades do biogás e biometano, segundo ele. “A vantagem da cogeração, principalmente com gás natural, é que ela traz enorme eficiência. Isso é muito bom para o país. Estou falando de 40% a 90% de eficiência. A diferença é palpável e isso significa competitividade e economia” explica Duarte. Ele comenta que o assunto biogás tem sido cada vez mais debatido, o que reforça a necessidade de investimentos da área. Vale lembrar que o biogás pode ser transformado em biometano, que por sua vez, possui um amplo potencial de geração em solo paranaense.“A cogeração tem, especialmente no mercado do Paraná, uma vizinhança com esse tema. O Paraná é um grande produtor de proteína animal, que tem essa possibilidade de produção de biogás e do biometano, que será um grande indutor do desenvolvimento da cogeração no estado. O Paraná vai ser, certamente, um exemplo para outros estados brasileiros. As perspectivas são excelentes” finaliza o especialista.Fonte: Biomassa BR
