Brasil precisa pelo menos de uma usina de waste-energy em cada região metropolitana para tratar resíduos adequadamente

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Assunto foi debatido durante o 4º Fórum de Valorização Energética em abril.

A produção de energia através de resíduos é realmente um desafio no Brasil. Embora o país possua um grande potencial para isso, ainda assim o país não conta com nenhuma usina de waste-energy em operação. Atualmente apenas uma está em construção, mesmo vários outros países do mundo já tendo apostado na tecnologia.

Durante o 4º Fórum de Valorização Energética, o assunto foi debatido por especialistas da área. Um deles foi Marcos Peraceli, da Babcok & Wilcox, o qual destacou que atualmente o setor não é somente uma ideia, mas traz dados importantes sobre a geração de resíduos, o que reforça ainda mais a necessidade de adotar esse tipo de usina.

“Começou como algo assim cheio de perguntas, exploração e hoje você tem dados, fatos, afirmações, experiências e projetos que temos discutido com gente que não tem mais dúvida. Antes a gente tinha uma ideia, eu particularmente, trabalho da Babcok & Wilco, que desenvolve tecnologia para esse tipo de planta, não sabia dessa dor” explica o especialista.

Na ocasião ele também destaca que ouviu dados positivos, contudo ainda falta muito incentivo para a construção de plantas nas Américas de incineração de lixo para fazer essa recuperação até hoje. Para Peraceli ainda existem inseguranças nos modelos de negócios de waste energy, bem como a forma de comercialização deste tipo de energia que impedem seu crescimento, contudo é necessário que o país possua ao menos uma usina de recuperação energética em cada região metropolitana do país a fim de melhorar o tratamento dos resíduos.

“Eu não tenho ilusão que a gente vai ter muitas unidades, centenas, milhares, isso não faz sentido, mas que realmente onde você tem logística, onde você tem geração de lixo, tem falta de espaço, não há uma solução, que faça mais sentido do que essa” pontua Peraceli.

Quem também comenta o assunto é Antonio Bolognesi, presidente do Conselho da ABREN. Na ocasião ele destaca que hoje não falta nada para o setor ir para frente, mas sim vontade política.

“A nossa ideia é fazer com que o político entenda de que nós precisamos realmente ter esse tipo de solução no Brasil. Simples assim! Não falta dinheiro, não falta tecnologia, não falta interesse, não falta nada. Só falta o quê? Vontade política. A partir do momento que você tiver vontade política você faz um monte de usinas ", afirma ele. A palestra completa do Fórum pode ser acessada no canal oficial do YouTube do Grupo FRG Mídias & Eventos.

Fonte: Biomassa BR

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