Projeto-piloto prevê a substituição de gás natural por biometano na Indústria Cerâmica de São Paulo

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Acordo firmado entre o setor e as indústrias sucroenergética foi assinado na última semana e visa alavancar processo produtivo mais renovável.

A substituição do gás natural por biometano está se tornando uma realidade no Brasil. Na última semana, um acordo firmado entre a indústria cerâmica e a indústria sucroenergética movimentou o mercado renovável já que 10 plantas consumidoras do polo cerâmico farão a substituição do combustível fóssil e do gás natural nos próximos meses no estado de São Paulo.

Base de um projeto-piloto, a Associação Paulista das Cerâmicas de Revestimento (ASPACER) afirma que a inserção do gás renovável segue agora para a fase de implementação e que pretende entrar em operação no início de 2025. Segundo a instituição, a proporção deve começar em 5% do consumo energético das indústrias participantes e aumentar para 50% até 2030, o que equivale a aproximadamente 1 milhão de metros cúbicos por dia.

Em nota, Benjamin Ferreira Neto, presidente do Conselho de Administração da Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica para Revestimentos, Louças Sanitárias e Congêneres (ANFACER) destaca que a substituição para o gás renovável é um novo marco para o setor. “Para a indústria cerâmica, o acordo representa um novo e importante passo na área energética, com ganhos econômicos e ambientais", afirma ele.

Quem também comenta o assunto é Eduardo Roncoroni Fior, presidente do Conselho Administrativo da ASPACER. Na ocasião ele reforça que atualmente um montante de 50 mil metros cúbicos diários de biometano serão injetados na rede existente de gasoduto. A ideia é alimentar os fornos das empresas de modo renovável e assim fazer a transição energética para suprir em breve 100% da demanda do setor. Para ele, o projeto-piloto servirá inclusive de modelo para outros estados brasileiros.

“Para a indústria paulista, é muito significativo sermos pioneiros neste projeto, que será o pontapé inicial para sairmos das palavras e irmos para as ações. Acredito que tomará corpo rapidamente e terá uma pujança nacional muito forte” reforçou ele.

Vale destacar que hoje o setor cerâmico é o segundo setor industrial que mais consome gás natural no Brasil. 16% dele para uso industrial é consumido pelo setor segundo a ASPACER.

Fonte: Biomassa BR

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