Expectativa é que recuperação energética no Brasil invista mais de R$4 bilhões de reais em 2023

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Setor espera crescer consideravelmente até 2040, bem como ter mais participação nos leilões de energia.

A produção de energia limpa por resíduos sólidos tem expectativas positivas para os próximos anos no Brasil. Embora o setor ainda tenha apenas uma usina de recuperação energética em construção no país, os números de investimentos se mostram bastante promissores segundo a Associação Brasileira de Recuperação Energética de Resíduos (ABREN) e faz até mesmo parte do Plano Nacional de Resíduos Sólidos- Planares, sancionado em 2022.

O novo incentivo prevê a produção de mais de 994 megawatts de potência instalada até 2040. Só em 2023, por sua vez, a expectativa é que mais de R$4bilhões sejam investidos na produção de energia elétrica a partir dos resíduos no país e do aporte de três novas usinas: URE Mauá (80MW), URE Caju (31MW) e URE Consimares (20MW).

Os novos leilões de energia promovidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) fazem parte das expectativas positivas do setor. Isso porque a contratação dos certames de recuperação energética ainda são baixos, mas caso os empreendimentos vençam os próximos leilões a serem promovidos a fonte deve ganhar ainda mais espaço.

Segundo a ABREN, o país tem hoje mais de 10 projetos de usinas de recuperação energética por andamento, onde juntos são responsáveis por mais de 10 bilhões de investimentos.

“Ainda não há uma usina de Recuperação Energética em operação no Brasil. São 10 projetos em desenvolvimento, em diferentes estágios, e uma fábrica em construção em São Paulo. A Unidade de Valorização Energética (URE) de Barueri, com 20 MW de potência instalada, foi contratada na licitação A-5 em 2021, pelo preço de R$ 549,00/MWh, pela empresa Orizon Valorização de Resíduos, empresa listada na B3 e que explora 100 MW de potência instalada de usinas de captação de gás de aterro para gerar eletricidade ou biometano” explica a ABREN.

A produção de energia limpa por resíduos conta com grande potencial no mundo e no Brasil isso não é diferente. O país gerou em torno de 81,8 milhões de toneladas de lixo em 2022 segundo o novo panorama dos Resíduos Sólidos, promovido anualmente pela Abrelpe (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais).

Contudo vale destacar que o Brasil ainda carece de regulamentação de incentivo e maior detalhamento na área de licenciamento ambiental, pois apenas o estado de São Paulo possui regulamentação para a concessão de licenças. Todo esse processo pode permitir que mais incentivos econômicos para melhorar a viabilidade dessas usinas, bem como estruturar mais concessões, promover mais leilões para compra de energia elétrica e também incorporar metas para reduzir os resíduos depositados em aterros, sob pena de sanções ou perda de incentivos aos municípios.

Fonte: Biomassa BR

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