A escolha pela biomassa florestal e agrícola tem trazido resultados positivos para a Índia. Esta semana a agência internacional de notícias, Reuters, afirmou que o país está tentando reduzir os altos índices de carbono emitidos pelo inverno através da conversão do carvão por biomassa. A substituição, no entanto, veio por meio de lei principalmente em Nova Délhi, onde a queima está sendo proibida a partir deste mês. Dessa forma, todas as indústrias que possuem caldeira a carvão estão tendo que modificar seus sistemas a fim de usar o combustível renovável para manter o calor. Um ponto positivo da mudança é sentido no ar, segundo a Reuters. Isso acontece porque aglomerados próximos às indústrias já sentem os efeitos positivos tanto no ar como no cheiro e embora os níveis da qualidade do ar ainda não possam ser quantificados acredita-se que o resultado seja bastante positivo visto que um estudo criado em 2020 pelo instituto internacional Center for Science and Environment (CSE) mostra que a troca do carvão por biomassa permitiu a redução de 70% a 80% nas emissões de óxido de enxofre e uma queda de 40% a 60% nos óxidos de nitrogênio na atmosfera.Com a análise feita em 2020, grande parte dos recicladores têxteis do país, assim como tintureiros e processadores de alimentos na cidade do estado de Haryana, no norte da Índia, buscaram substituir o combustível fóssil por alternativas mais renováveis.Segundo a Reuters, a biomassa mais utilizada na Índia atualmente provém de resíduos agrícolas, assim como de briquetes de madeira. Além da troca renovável, a lei que proíbe a queima de carvão na capital do país está favorecendo os agricultores, uma vez que eles são estimulados a vender esses resíduos em vez de queimá-los. Outro ponto positivo é que a mudança acaba sendo mais econômica, pois na Índia a biomassa é 14% mais barata que o carvão. Biomassa no Brasil Assim como na Índia, a escolha da biomassa para geração de energia também está crescendo. Embora o país não conte com uma lei tão radical sobre o uso de carvão nas Indústrias brasileiras, o uso da fonte na matriz elétrica tem crescido consideravelmente e hoje ela é a quarta no ranking de fontes mais usadas no país.Dados da Associação da Indústria de Cogeração de Energia (COGEN) mostram que a biomassa brasileira é responsável por 16 GW de energia limpa, sendo ela a responsável pela maioria dos projetos de cogeração. Além disso, a instituição acredita que o país deve crescer em capacidade instalada de cogeração em 2023, tendo a biomassa como carro chefe também. Os projetos giram em torno de 400 MW a 500 MW em 2023 segundo a COGEN. Fonte: Biomassa BR