Um manifesto em defesa dos biocombustíveis foi assinado por cinco países nas últimas semanas com foco em expressar a necessidade da promoção do uso do biocombustível pelo transporte veicular, assim como aéreo, fluvial e marítimo.Participaram da assinatura Argentina, Brasil, Colômbia, Paraguai e Uruguai e todos tiveram como foco a transição energética pelo desenvolvimento do setor. Em nota, a União da Indústria de Cana de Açúcar (UNICA) destacou que o documento destaca a importância de definir marcos regulatórios que garantam o avanço dos investimentos em biocombustíveis, assim como fortaleçam as pesquisas científicas e tecnológicas sobre o combustível renovável de forma que todos os países consigam honrar os compromissos assumidos de descarbonização.Evandro Gussi, presidente da UNICA, destaca que políticas públicas são essenciais para dar previsibilidade jurídica ao setor de modo a desenvolvê-la de forma sustentável. Portanto o manifesto se faz necessário neste caso. “Temos a oportunidade de consolidar a América do Sul como o centro global da bioenergia e da mobilidade sustentável, oferecendo ao mundo parte da solução para a descarbonização, com o etanol e demais biocombustíveis. Para isso, precisamos consolidar políticas públicas que garantam previsibilidade e segurança jurídica aos investidores, reconhecendo as externalidades positivas ambientais e socioeconômicas dos biocombustíveis para a sociedade” afirma ele.Na ocasião várias outras instituições também se posicionaram sobre o manifesto, uma vez que ele reforça o potencial da América Latina para reduzir a dependência da energia fóssil através do combustível limpo. André Nassar, Presidente Executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (ABIOVE) afirma que a mobilização das associações é uma forma de alerta para a criação de regulamentações importantes. “Os biocombustíveis existem há meio século e, mesmo diante das inúmeras vantagens econômicas e ambientais, a expansão de utilização ainda se dá de forma demasiadamente lenta. A mobilização das entidades é um alerta sobre a necessidade de derrubarmos barreiras e construirmos regulamentações que permitam acelerar o processo. Estamos perdendo tempo” explica ele. Quem também comenta o assunto é Erasmo Carlos Battistella, Diretor do Conselho de Administração da Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil (APROBIO). Ele destaca que todos os países envolvidos podem desenvolver um centro comercial e logístico para a produção de energias limpas e renováveis no futuro. “Esta declaração é um marco para a matriz energética global, em especial para a América do Sul. As câmaras iniciaram um diálogo profundo sobre a concepção de novos paradigmas em energia renovável regional. Estamos certos de que isto significa o início de uma revolução industrial sul-americana em energia renovável e pode dar uma marca regional aos biocombustíveis. A Argentina, o Brasil, a Colômbia, o Paraguai, o Uruguai, podem se desenvolver como um centro comercial e logístico para a produção de energias limpas e renováveis. É o início de um caminho de ações conjuntas para fortalecer as indústrias sul-americanas e propor políticas públicas firmes nesta área. Unir forças é a melhor maneira de contribuir juntos para a redução dos Gases de Efeito Estufa (GHG)” finaliza ele. Todas as propostas envolvidas no manifesto podem ser acessadas no site da UNICA através do link:https://unica.com.br/noticias/associacoes-assinam-manifesto-em-defesa-dos-biocombustiveis/ Fonte: Biomassa BR
