A produção de energia limpa nos Estados Unidos está ganhando força. Quem confirma é um relatório divulgado na última semana pelo Departamento de Energia Elétrica do país (EIA). No primeiro semestre do ano, um aumento de 24% da geração de fontes renováveis foi registrado em comparação ao ano de 2021, o que é bastante significativo para os especialistas. As energias renováveis ??são as fontes de geração de eletricidade que mais crescem nos Estados Unidos até o momento. Entre elas estão inclusas energia hidrelétrica convencional, bem como eólica, solar, geotérmica e biomassa.“A geração de energia hidrelétrica e eólica, que, combinadas, compõem a maior parte da geração renovável dos EUA, normalmente atinge o pico na primeira metade do ano, quando há mais dias ventosos e a camada de neve do inverno está derretendo", explica o departamento.Embora a maior parte da geração de eletricidade renovável do país esteja vindo de energia hidrelétrica, solar e eólica, a fonte de biomassa vem ganhando notoriedade, segundo o departamento. Só em 2022 o setor de energia elétrica deverá gerar 27,9 bilhões de quilowatts-hora (kWh) de energia de biomassa, incluindo 14,6 bilhões de kWh de biomassa residual e 11,9 bilhões de kWh de biomassa de madeira segundo o mais recente Short-Term Energy Outlook, outro relatório da EIA. Biomassa no Brasil A produção de energia através da biomassa no Brasil também vem se destacando. Dados da Associação Brasileira das Indústrias de Biomassa, Bioenergia, Bioeletricidade, Pellets e Energias Renováveis (ABIB) destacam que o potencial de energia primária dos resíduos agrícolas em 2021, por exemplo, foi de 7,5 milhões bep/dia. A projeção para 2030, por sua vez, é ainda maior, segundo a associação, a qual destaca que o potencial pode chegar a 8,9 milhões de bep/dia até lá. Grande parte da sua produção no Brasil hoje está concentrada em unidades industriais.O potencial das biomassas no Brasil também foi exaltado pela Embrapa Agroenergia. A mesma destacou que a bioeconomia/economia circular conta com uma participação de 13,8% do PIB, o que equivale a 286 bilhões de dólares.Alexandre Alonso, chefe-geral da Embrapa Agroenergia, destacou na última semana em um evento no Rio de Janeiro que os biocombustíveis possuem um papel importantíssimo na economia circular do carbono, bem como a ciência, tecnologia e inovação são os drivers, ou seja, o que move a bioeconomia no país hoje. “Hoje já temos novos mercados para os bioinsumos, bioprodutos e químicos renováveis e, por meio de tecnologias como a das biorrefinarias, onde se aproveita todo o potencial das biomassas, já se provou que é possível conciliar a produção de bioenergia sem impactar a produção de alimentos. Nosso planeta é finito, mas criatividade e inovação são processos sem limites, infinitos ``, finalizou ele. Fonte: Biomassa BR