Benefícios do biocombustível estão sendo debatidos entre Brasil e Argentina

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Encontro entre principais líderes do mercado de etanol aconteceu nesta quarta-feira em Buenos Aires.

A produção de biocombustível em busca de uma mobilidade de baixo carbono tem sido pauta de grandes líderes mundiais atualmente. Esta semana, líderes do mercado de etanol tanto do Brasil como da Argentina se reuniram em Buenos Aires a fim de debater os benefícios do biocombustível em especial para o meio ambiente.

De acordo com a União das Indústrias de Cana de Açúcar e Bioenergia (UNICA) o encontro dos especialistas se deu nesta quarta-feira, 3 de agosto, na capital argentina, durante um seminário organizado pela mesma e cujo foco foi discutir políticas públicas de longo prazo para o etanol na região.

Estiveram presentes por lá o ministro de Minas e Energia do Brasil, Adolfo Sachsida, assim como também o embaixador do Brasil na Argentina, Reinaldo José de Almeida Salgado. Também marcou presença o presidente do Centro Açucareiro Argentino, Jorge Luis Feijóo, assim como o diretor-executivo da Câmara de Bioetanol de Milho, Patrick Adam, o presidente da UNICA, Evandro Gussi e também o diretor-executivo da APLA, Flávio Castellari.

Já dentre os temas debatidos pelos especialistas estiveram temas importantes sobre a cadeia produtiva do etanol em ambos os países, de modo a proporcionar oportunidades de diálogo e cooperação entre agentes públicos e representantes da indústria dos países. O debate ressaltou os benefícios do etanol na mobilidade sustentável.

Para Gussi, o encontro entre as autoridades brasileiras e argentinas teve como missão fomentar o mercado global de etanol.

“Nenhum país é igual ao outro, e as características de cada um deles devem ser consideradas nos debates do Ethanol Talks. Nosso propósito é contribuir com o conhecimento técnico de quase 50 anos de uso do etanol, ajudando para que cada história seja construída com mais acertos do que erros, fomentando um mercado global de etanol” destacou ele em nota.

Ainda segundo o especialista, cerca de 70 países no mundo hoje contam com políticas que estabelecem algum nível de etanol da gasolina.

“O biocombustível tem uma das menores pegadas de carbono, podendo reduzir em até 90% quando comparado à gasolina. No Brasil, desde que os carros flex foram lançados em 2003, o uso de etanol evitou a emissão de quase 600 milhões de toneladas de CO2 para a atmosfera. Além do hidratado (E100), é mandatório no país a mistura de 27% de etanol na gasolina ``, reforça a UNICA.

Assim como o Brasil, a Argentina também já estabelece a mistura, contudo os números apresentados são um pouco menores visto que a legislação é recente. Atualmente a mesma reforça que o país misture 12% do biocombustível sobre o combustível fóssil.

O encontro esta semana, por sua vez, pode fomentar ainda mais o mercado renovável, visto que a expansão dessa mistura pode ajudar o país a reduzir suas emissões de gases de efeito estufa (GEE). O país andino, segundo a UNICA tem a meta de não exceder uma emissão líquida de 349 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente em 2030, aplicável a todos os setores da economia, para os especialistas em questão o biocombustível pode ajudar.

Atualmente o etanol produzido na Argentina é produzido principalmente de cana-de-açúcar e milho.

Fonte: Biomassa BR

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