Os investimentos envolvendo a produção de biomassa no estado de São Paulo estão ganhando cada vez mais força conforme os anos. Uma pesquisa desenvolvida pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) destacou que 5,8 bilhões de investimentos em energia de biomassa, entre o período de 2018 a 2022,foi sentido revelando o real potencial do setor na região.De acordo com a Agência Paulista de Promoção de Investimentos e Competitividade (Invest. SP) nos últimos quatro anos três segmentos no setor foram os responsáveis por alavancar os investimentos. Um deles envolve a biomassa florestal, a qual sozinha movimentou mais de 503 milhões de reais através de resíduos florestais, sendo o principal deles o cavaco de madeira.Já os outros dois segmentos com também grandes investimentos em biomassa estiveram o setor sucroenergético, com os resíduos da cana-de-açúcar e também o setor de resíduos sólidos urbanos depositados em aterros sanitários. Os mesmos envolveram investimentos de 3,6 bilhões de reais e 1,7 bilhão de reais respectivamente. A agência reforça que a maior parte da produção envolvendo biomassa no estado foi encaminhada à produção de eletricidade. Porém, ganharam destaque também a produção de biocombustível, onde tanto etanol como biometano foram comercializados neste período. Ainda de acordo com a pesquisa, cerca de 25% dos anúncios envolvendo energia a partir de biomassa estão concentrados na região metropolitana de São Paulo. Contudo, outros projetos envolvendo cidades administrativas como Bauru, Campinas, Ribeirão Preto, Presidente Prudente e também Marília receberam investimentos na área. Já em relação à abrangência inter-regional da biomassa, por sua vez, 2,7 bilhões de reais foram destinados às RAs de cinco cidades sendo Bauru, Araçatuba, Ribeirão Preto e também São José do Rio Preto. Memorando para fortalecer agenda de finanças sustentáveis como bioenergia foi assinado no Brasil Assim como São Paulo, o potencial para bioenergia e biocombustível no Brasil é bastante interessante. Um exemplo disso vem de um memorando assinado na última semana pelo Ministério da Economia e Climate Bonds Initiative (CBI) com base em fortalecer a agenda de finanças sustentáveis no país. De acordo com o ministério, o objetivo é dar mais competitividade às exportações brasileiras a partir da disseminação de práticas sustentáveis para o financiamento do comércio exterior brasileiro. Já dentre as características estabelecidas estão o acesso a novos financiamentos sustentáveis como títulos verdes ou de transição, assim como análise e a proposição de recomendações para aperfeiçoar os instrumentos de financiamento públicos e privados e também a capacitação em finanças sustentáveis. Dados da CBI mostram que o Brasil acumulou mais de 11 bilhões de dólares em títulos verdes até maio deste ano e o valor beneficiou diversos setores como agricultura, floresta, transporte e também a bioenergia.“Intermediado pela Secretaria Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia (Secint/ME), o acordo dará escala à implementação das melhores práticas internacionais de sustentabilidade e resiliência climática, aproveitando as características do Brasil relacionadas a comércio, investimentos e finanças sustentáveis” explica o Ministério.Fonte: Biomassa BR
