MME se mostra favorável às usinas de recuperação energética

Image

Encontro entre especialistas da ABREN, ABEMI e MME debateu o assunto na última semana e mostrou importância do empreendimento para o país.

As Usinas de Recuperação Energética podem trazer boas soluções ao tratamento dos resíduos no Brasil. A conclusão veio de uma reunião realizada na última semana por especialistas da Associação Brasileira de Recuperação Energética (ABREN), em conjunto com a Associação Brasileira de Engenharia Industrial (ABEMI) e também do Ministério de Minas e Energia (MME), onde o tema foi debatido.

Na ocasião as associações mostraram os benefícios das usinas de recuperação energética de resíduos sólidos, assim como a utilização do CDR no coprocessamento do lixo e seu potencial tanto para investimentos como leilões. A autoprodução também foi abordada durante o debate.

De acordo com Yuri Schmitke, presidente da ABREN, a associação vem trabalhando bastante para que o projeto de lei 924/2022, o qual institui o Plano Nacional de Recuperação Energética de Resíduos, seja aprovado pelo congresso.

“ A ABREN tem trabalhado exatamente nessa direção, tendo apresentado o texto base do PL 924/2022, que institui o Plano Nacional de Recuperação Energética de Resíduos, contribuído na consulta pública do MME que regulamenta o atributo ambiental das fontes de geração, e em diversas ocasiões com estudos de mercado para demonstrar os custos e os benefícios das usinas para o Governo Federal” destacou ele.

Além dos benefícios das usinas, Schmitke destacou a importância do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (PROINFA), o qual foi criado pelo governo em 2002 e tem como objetivo diversificar a matriz energética brasileira. Na ocasião o especialista destacou que em 2004 o programa chegou a contratar fontes alternativas com preços superiores ao que hoje a recuperação energética solicita, o que traz boas expectativas.

“ [...] Os benefícios do PROINFA, que contrataram fontes eólicas, PCH e biomassa em 2004-2006, com preços superiores ao que a recuperação energética de resíduos solicita hoje, mas cujo incentivo fomentou um mercado que hoje atinge 2x a meta inicial, atingindo essas fontes o patamar de 20% da matriz elétrica” explicou ele.

Diante de todos os pontos pontuados pelos especialistas do setor, o secretário executivo do MME, Hailton de Almeida, se mostrou bastante favorável à construção de usinas de recuperação energética no país, segundo a ABREN. Uma das poucas pontuações, segundo ele, vem de encontro com a necessidade de uma melhor alocação de custos com o setor de resíduos, visto que será necessário reduzir o preço teto dos leilões.

Novos leilões de energia já preveem usinas de recuperação energética

A boa notícia é que o setor conta com um grande potencial para gerar energia através dos resíduos e com isso um novo leilão, previsto para 16 de setembro, pretende dar oportunidade para esse tipo de geração de energia.

Dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) mostram que 19 projetos de resíduos sólidos urbanos (RSU) foram inseridos na disputa. Chamado de leilão A5 e A6, o certame visa garantir o suprimento de energia em até cinco e seis anos – a partir de 2027 e 2028.

Para a ABREN, o setor conta com capacidade suficiente para viabilizar pelo menos três novas unidades de recuperação energética no país, sendo 1 empreendimento no Rio de Janeiro e dois deles em São Paulo.

Fonte: Biomassa BR

Gostou do Conteúdo, Cadastre-se já e receba todas as notícias de BiomassaBR no seu email cadastrado

Compartilhe esta noticia: