Vinhaça tem sido utilizada para reduzir a dependência externa do adubo químico no Brasil

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Iniciativa faz parte dos esforços da BP Bunge Bioenergia em adotar práticas mais sustentáveis no campo.

A biomassa da cana-de-açúcar tem um grande papel na mitigação dos gases de efeito estufa, assim como se torna alternativa sustentável interessante para quem a utiliza. Um exemplo tem vindo da vinhaça, um subproduto da cana-de-açúcar e que tem sido utilizada como adubo orgânico por empresas brasileiras.

Um dos exemplos vem da BP Bunge Bioenergia. A mesma tem utilizado toda sua capacidade produtiva dos canaviais, incluindo a vinhaça para tratar o solo das plantações e melhorar a produtividade e a qualidade da cana-de-açúcar, sem contar a redução da dependência externa do adubo químico.

Em nota, a empresa explica que vinhaça é rica em cloreto de potássio e cerca de 65% dos hectares da empresa já estão utilizando a composição líquida. A expectativa inclusive é que 80% das lavouras recebam o composto líquido este ano e até 2025 95% do canavial seja adubado de forma totalmente orgânica através da biomassa.

Rogério Bremm, diretor Agrícola da BP Bunge Bioenergia, destaca que a vinhaça vem sendo utilizada como um adubo organomineral e que tem sido parte do planejamento estratégico agrícola da empresa. A produtividade aumentou consideravelmente segundo o especialista, assim como permitiu aumentar a longevidade dos canaviais.

“A vinhaça, utilizada como adubo organomineral, é parte estratégica do planejamento agrícola devido à sustentabilidade do produto, ganho em produtividade e menor custo. Com a substituição do adubo químico, aumentamos a produtividade entre 3 e 10 toneladas por hectare, prolongamos a longevidade dos canaviais por dois anos e reduzimos em até 80% a quantidade de cloreto de potássio que adquirimos no mercado” explicou Bremm.

Outros investimentos em biofertilizantes renováveis já estão sendo estudados

Assim como a vinhaça, a BP Bunge Bioenergia também afirmou que já está estudando novas alternativas sustentáveis também. Bremm comentou a respeito da troca de fertilizantes fosfatados por meio da compostagem da torta de filtro, o qual é proveniente da filtração do caldo da cana. Assim como também das cinzas do bagaço, visto que as mesmas são resultados da queima para geração de bioenergia, aplicada em 30% da área de plantio.

O uso do bioestimulante do tipo biofertilizante Azospirillum brasilense também tem sido usado pela empresa. O mesmo se trata de uma bactéria que acelera o desenvolvimento da cana e que, além de aumentar o TCH, as toneladas de açúcar por hectare, também auxilia na economia de custos com fertilizantes nitrogenados.

“A cana é uma cultura fantástica e com grande potencial de uso sustentável, principalmente a partir de seus subprodutos. A escala de preços dos adubos químicos nos incentiva a nos movimentarmos mais rápido, não só para reduzir custos financeiros, mas também seguir nosso propósito por uma operação cada vez mais limpa e sustentável” finaliza Bremm.

Fonte: Biomassa BR

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