Silvicultura é retirada de atividades poluidoras pelo Senado

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Texto do PL 214/2015 destaca que atividade econômica é compatível com preservação do meio ambiente

A Silvicultura foi retirada da lista de atividades poluidoras pelo Senado esta semana. A notícia foi divulgada pela Rádio Senado e trata-se do PL 214/2015, criado por Álvaro Dias, do Podemos (PR).

O projeto de lei retira a atividade que estuda o manejo de florestas para a extração de matérias-primas como é o caso da celulose, resinas e a própria madeira da lista de atividades poluidoras. De acordo com o autor, o projeto entende que a atividade econômica em questão é compatível com o meio ambiente, assim como também colabora para a preservação de nascentes e recuperação de áreas desertificadas.

Atualmente, segundo Dias, o cultivo florestal vem contribuindo para a preservação ambiental. Com isso, ao retirar a silvicultura das atividades poluidoras, a mesma pode favorecer a preservação ambiental, assim como favorecer o desenvolvimento econômico de quem a pratica.

O senador ainda explica que ao incluir a silvicultura como atividade poluidora fez com que a mesma tivesse seu desenvolvimento econômico afetado, assim como a desaceleração da sua atividade, o que propiciou a perda de empregos, renda, e receita pública, por exemplo. Ao mudar a especificação, no entanto, um avanço na produção, geração de empregos e desenvolvimento econômico poderá acontecer daqui para a frente, assim como mais incentivos à preservação ambiental também devem acontecer.

Quem também comentou a aprovação do projeto foi o senador Jacques Wagner, do PT da Bahia, o qual foi o relator do projeto. Na ocasião, o mesmo destacou que não faz sentido equiparar a silvicultura com atividades como a agricultura convencional, visto que a mesma é menos impactante e contribui para um manejo florestal mais sustentável.

O cenário florestal do Brasil

O cenário florestal do Brasil é bastante interessante. Mesmo diante dos desafios enfrentados pelo país pela pandemia, as áreas cultivadas foram atualizadas e passaram para 9,55 milhões de hectares no país no último ano, de acordo com dados da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá).

De acordo com a instituição, o setor planta em média um milhão de árvores para fins industriais todos os dias. Já a área plantada corresponde a 9,55 milhões de hectares no país. O relatório da Ibá também reforça que a área conservada hoje é 6 milhões de hectares, assim como contribui de forma significativa com a questão ambiental.

“Os benefícios na questão climática podem ser sentidos pelo volume estocado nas áreas de plantio, que soma 1,9 bilhão de toneladas de dióxido de carbono equivalente (CO2eq), além de quase 2,6 bilhões de toneladas de CO2eq. nas áreas de conservação” destaca o relatório 2021 da Ibá.

A área também foi responsável por 1,5 milhão de postos de trabalho diretos e indiretos , assim como atingiu 6,8 milhões de pessoas em programas socioambientais. Já de receita bruta, o setor foi responsável por 116,6 milhões de receita bruta em 2021, sendo responsável por 2,7% do PIB Nacional segundo a Ibá.

Mais dados sobre o setor florestal do país podem ser encontrados no site da Ibá através do link: https://www.iba.org/.

Fonte: Biomassa BR

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