Cooperação entre Brasil e Guatemala fortalece produção de biocombustível

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Benefícios e desafios relacionados à implementação de uma mistura de 10% de etanol na gasolina pelo país da América Central foi debatida por profissionais brasileiros e guatemalensis.

Na última semana, um evento promovido pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), em parceria com o Ministério das Relações Exteriores (MRE), Arranjo Produtivo Local do Álcool (APLA) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), reuniu diversos especialistas, autoridades e pesquisadores, do Brasil e da Guatemala, para discutir os benefícios e os desafios relacionados à implementação de uma mistura de 10% de etanol na gasolina pelo país da América Central.

O objetivo foi estreitar a cooperação entre os dois países. Assim como fomentar o uso do combustível mais limpo pelo transporte da Guatemala. Em nota, a UNICA destacou que o potencial brasileiro neste tipo de produção pode contribuir de forma significativa no mercado de transporte da Guatemala, de modo que o mesmo fortaleça seu uso e assim se torne mais sustentável.

De acordo com Vera Cíntia Álvarez, embaixadora do Brasil na Guatemala, o país da região central já está preparado para utilizar o biocombustível. O programa Ethanol Talks, foi bastante elogiado também pelo ministro de Energia e Minas da Guatemala, Alberto Pimentel, o qual destacou que o mesmo possibilita para que a experiência do Brasil neste tipo de produção contribua de forma efetiva para o desenho de uma política de utilização e mistura de etanol na Guatemala.

“Produzimos etanol, mas não o utilizamos. Deveríamos tirar mais proveito dos benefícios do biocombustível, mas acredito que o futuro na Guatemala será muito mais verde num curto espaço de tempo” afirmou ele.

Já para Evandro Gussi, presidente da UNICA, o evento foi bastante importante para promover a produção, o consumo e o incremento desses parques de bioenergia pelo mundo. “Estamos vendo que, mais uma vez, esse formato do Ethanol Talks traz ganhos impressionantes. Para nós brasileiros, fica reforçado o grande ativo que temos no país, que é a produção, o consumo e o incremento desses parques de bioenergia que nossas usinas estão se transformando. Por outro lado, é fantástico ver como a gente pode contribuir com os países que desejam elevar ou implementar a participação do etanol na sua matriz de transportes”, ressaltou ele.

A mistura do Etanol já acontece por mais de 60 países, segundo a instituição. No Brasil, em especial, a mistura evitou a emissão de 600 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera. Um dado bastante positivo.

A Guatemala, por sua vez, se aprovada a política efetiva que implemente a mistura de 10% de etanol na gasolina, será capaz de evitar a emissão de aproximadamente 250 mil toneladas de CO2 anualmente, segundo a UNICA. O que também permitirá contribuir com a meta do país que é diminuir 11% de suas emissões globais de CO2 até 2030.

Outro ponto positivo da produção de biocombustível na Guatemala está no potencial do cultivo da cana de açúcar. Atualmente o mesmo é um dos principais motores da economia guatemalteca, com exportação de 70% da produção de açúcar. Dessa forma o país é o sexto maior exportador do produto.

A experiência brasileira, no entanto, permitirá tirar ainda mais proveito do mesmo com a produção do etanol.

Fonte: Biomassa BR

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