Projeto de pesquisa vem transformando biomassa em baterias recarregáveis

Image

Estudo desenvolvido por dois pesquisadores da Virgínia Tech visa transformar desperdício de alimento em baterias recarregáveis.

Um projeto de pesquisa desenvolvido pelo Departamento de Ciência e Tecnologia de Alimentos, da Faculdade de Agricultura e Ciências da Vida, de Blacksburg, em Virgínia, nos Estados Unidos, visa modificar o setor de biomassa do país.

Na última semana, dois pesquisadores do departamento divulgaram um novo método criado pelo instituto com potencial de converter resíduos alimentares em baterias.

Na ocasião, Haibo Huang, co-líder do projeto e professor do departamento revela que a pesquisa em si, tem um grande potencial para resolver problemas de energia sustentável.

“Esta pesquisa pode ser uma peça do quebra-cabeça na solução dos problemas de energia sustentável para baterias recarregáveis. A demanda por essas baterias reutilizáveis dispararam e precisamos encontrar uma maneira de reduzir os impactos ambientais das baterias” explicou ele.

Pesquisa vem sendo financiada por Programa de Ciências Básicas e Aplicadas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos

A pesquisa vem tendo apoio do Programa de Ciências Básicas e Aplicadas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, segundo os pesquisadores, onde 450 mil dólares foram doados ao projeto de bioprocessamento e bioengenharia com foco na sustentabilidade.

Os resultados preliminares da pesquisa mostraram que o componente de fibra nos resíduos alimentares foi a chave para desenvolver um material de carbono avançado que poderia ser usado como ânodo de bateria, o terminal negativo de uma bateria.

De acordo com Feng Lin, outro professor idealizador do estudo, a utilização dos resíduos agrícolas terão grande participação no desenvolvimento das tecnologias.

"Nossa abordagem única de usar materiais de carbono derivados de resíduos agrícolas para hospedar metais alcalinos, como lítio e sódio trarão grandes avanços para o processamento de resíduos agrícolas e tecnologia de bateria", reforçou ele.

Ainda segundo a equipe do projeto o uso de matérias-primas altamente ajustáveis, abundantes e econômicas poderão ser utilizadas para atender às necessidades no campo de armazenamento de energia.

“Usar materiais de carbono derivados de resíduos como hospedeiros para ânodos de metal pode reduzir significativamente o uso de metal alcalino por bateria", dizem os pesquisadores.

Pesquisa passou por várias fases e testou diversos tipos de alimentos

A ideia do projeto em si, envolve a conversão dos resíduos dos alimentos em materiais de bateria, uma vez que a quantidade de resíduos como esses que vão para o lixo comum é enorme.
Vários tipos de resíduos foram testados segundo os pesquisadores, para em fim ter uma base de quais poderiam ser utilizados no processo.

Segundo Huang a composição dos alimentos foram trabalhadas e analisadas para de fato saber como cada material afetaria o desempenho da bateria.

“Como engenheiro de processamento de alimentos, posso modificar a composição dos alimentos. Eu poderia retirar as proteínas e lipídios junto com alguns dos minerais, para ver como isso afeta o desempenho da bateria ``, reforçou ele.

Durante as análises foi descoberto que compostos essenciais de celulose, hemiceluloses e lignina após o tratamento térmico desses resíduos poderiam funcionar o suficiente para uma bateria.
O financiamento da pesquisa vai até abril de 2023. Até lá, os pesquisadores pretendem agora testar ainda mais o resíduo de comida transformado em carbono, com feedback do laboratório para otimizar a ciência da bateria. A etapa final será uma análise econômica sobre a viabilidade de implementação dessa tecnologia para garantir o uso quando lançada no mercado.

“Temos a oportunidade de resolver dois problemas urgentes em dois setores diferentes. Muita energia já é gasta na produção e transporte de alimentos na cadeia alimentar. Devemos recuperar o valor do desperdício de alimentos. Esta é a oportunidade perfeita, já que a produção de baterias busca materiais diferentes do carbono tradicional” finalizou Huang.

Fonte: Biomassa BR
___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

FÓRUM GD NORTE - 11º FÓRUM DE GERAÇÃO DISTRIBUÍDA COM FONTES RENOVÁVEIS E ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA

SAVE THE DATE
29 e 30 DE SETEMBRO DE 2021
MANAUS - AM - BRASIL

SITE OFICIAL: www.forumgdnorte.com.br
E-MAIL: contato@grupofrg.com.br

PATROCINADORES: NEXEN / I.S BRASIL / ECORI ENERGIA SOLAR / PHB SOLAR / CLAMPER / AMARA -E / EDMOND / GROWATT / SOLFACIL / INSOLE / EMBRASTEC / GEL SOLAR / SICES SOLAR / SSM SOLAR DO BRASIL/ INOX - PAR / JA SOLAR / WDC NETWORKS / L8 / SMA / FORTLEV SOLAR / LIVOLTEK / EDELTEC / FOTUS ENERGIA SOLAR / GOODWE / PIETA TECH / SUNGROW / INGETEAM / LONGI / SOLIS INVESTERS / AMPHENOL / WIN / TRITEC SOLAR

Gostou do Conteúdo, Cadastre-se já e receba todas as notícias de BiomassaBR no seu email cadastrado

Compartilhe esta noticia: