Com foco em fomentar o mercado de gás no Brasil e trazer competitividade, conhecimento e redução de fraudes, o Comitê Nacional de GNV foi criado na última semana a partir de uma cooperação técnica entre as associações do setor. Na ocasião estiveram presentes a Associação Brasileira do Biogás (ABiogás), assim como a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), o Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios (Sindirepa) e também a Organização Nacional da Indústria do Petróleo (ONIP). Comitê nasce para suprir lacuna de representação no mercado de pequenas e médias empresas Segundo a Abiogás, o novo comitê trará oportunidades ao setor e permitirá ainda mais seu desenvolvimento no país. O biogás hoje tem se tornado uma das opções de combustível no Brasil, onde pequenas e médias empresas participam de sua produção. A ideia é unificar todas as empresas de gás natural do país e fortalecer a comunicação entre elas. Gabriel Kropsch, vice-presidente da ABiogás e um dos idealizadores do comitê, explica que a iniciativa faz parte de muito estudo e trabalho nos últimos anos, o que envolve tanto conhecimento técnico e humano entre os envolvidos. “O GNV depende de muitas empresas, geralmente de pequeno e médio porte, cada uma representada por sua associação. Para desenvolver o mercado, precisa haver coordenação entre estas empresas. O comitê nasce para suprir esta lacuna”, reforçou Kropsch em nota. A iniciativa a partir de agora terá o desafio de buscar pautas importantes e que trabalhem todos os elos do setor desde sua produção, distribuição, importação e revenda. “No dia a dia, a negociação comercial é de cada um. Mas dentro do comitê, vamos avaliar o que é comum a todos”, destaca Gabriel, frisando que não se trata de uma nova associação. “A adesão das associações será voluntária” explicou Kropsch. Três pilares do setor foram destacados pelo Comitê e serão a base do projetoO Comitê Nacional do GNV foi criado em cima de três pilares segundo a ABiogás, os quais envolvem a competitividade, a segurança e também a informação. “Primeiro é o gás competitivo, que consiste em buscar uma estrutura atrativa de preços e tributária. Segundo, a ética e a segurança. E, por fim, a disseminação da informação, clara e objetiva. Por se tratar de uma atividade muito técnica, existe hoje uma dificuldade da indústria de GNV de fazer com que esta informação chegue ao consumidor final” reforçou o especialista. O novo comitê já tem agenda para os próximos meses, sendo grande parte ainda em âmbito estadual no Rio Janeiro, o qual é o estado com 60% do volume de GNV do Brasil. Projetos que envolvem a implantação de corredores sustentáveis e também de incentivos aos Ônibus movidos a Gás e a Biometano também estão em pauta pela iniciativa. “O biogás vem como uma nova opção para o mercado veicular, além de toda movimentação que está acontecendo com os caminhões e ônibus a gás que estão chegando agora. O comitê trata do gás em todas as suas formas, seja o gás natural tradicional, o GNL ou o biogás” finalizou Kropsch.Fonte: Biomassa BR