Biometano: Tecnologia de membrana polimérica visa alavancar produção do biogás no Brasil

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Potencial brasileiro é essencialmente de aterros sanitários e expectativa é que a entrada de novas tecnologias crie ainda mais oportunidades para o setor.

A produção de biometano no Brasil ainda é pequena se comparada a outras fontes renováveis, porém esse cenário está mudando constantemente, visto que a produção do biogás é relativamente fácil no país.

Dados do Centro Internacional de Energias Renováveis – Biogás (CIBiogás) mostram que o potencial do Brasil vem essencialmente dos aterros sanitários e três novas plantas já estão em construção no país, o que permitirá um aumento de 130 mil m3/dia após a construção.

As vantagens do Biometano

Ainda segundo a instituição, inúmeras vantagens podem ser sentidas ao transformar o biogás em biometano.

Além de permitir a reutilização de resíduos industriais e urbanos, o biometano é um combustível de baixo nível de emissão de gás de efeito estufa e sua planta pode gerar créditos de carbono.
Outra vantagem comentada pela instituição está na possibilidade de substituição do gás natural pelo biometano principalmente em locais distantes como os gasodutos utilizados hoje. De acordo com o CIBIogas cada vez mais tecnologias estão sendo desenvolvidas para atender o setor de biogás no mundo e no Brasil não tem sido diferente.

“Devido ao grande consumo de combustíveis poluentes e não renováveis como os combustíveis fósseis em todo o mundo, o biogás e as tecnologias de seus processos surgem para transformar o cenário ambiental global", reforça a instituição.

Tecnologia de membranas poliméricas

O biogás tem sido uma das alternativas energéticas criadas através da digestão anaeróbia da biomassa, entretanto, o mesmo precisa passar por um processo de purificação para ser utilizado em sua total potencialidade.

Diante disso, novas tecnologias estão sendo desenvolvidas para alavancar o produto no Brasil, como é o caso da tecnologia de membranas poliméricas citadas pelo CIBiogás e criadas pela empresa japonesa UBE América Latina.

A tecnologia, segundo a empresa desenvolvedora, é inovadora e separar o CO2 (dióxido de carbono), do H2O (água) e H2S (ácido sulfídrico) do CH4 (metano) deixando o biogás mais puro e transformando-o em biometano de uma forma mais eficiente.

De acordo com Paulo Perfeito, porta-voz da UBE, as principais vantagens das membranas poliméricas envolvem a alta resistência mecânica, térmica e química e também o baixo consumo de energia, o que permite a redução dos custos da operação.

Outra vantagem comentada pela especialista está a alta resistência química ao H2S das membranas e a permissão delas para a separação desse gás da corrente final de biometano.

“Além disso, está é uma solução modular que facilita o scale-up da planta, gerando uma corrente rica em CO2 e uma rica em metano (chamado de biometano ou gás natural renovável. [...] o driving-force da tecnologia de membrana ocorre pelo diferencial de pressão e a UBE desenvolveu módulos que possuem alta permeabilidade e módulos de alta seletividade. A combinação desses dois modelos permite reduzir o número de módulos necessários para um determinado projeto em comparação a projetos mais antigos” explica Paula.

Sobre a necessidade de novas tecnologias para o desenvolvimento do biogás, Perfeito ressalta a importância das mesmas para o desenvolvimento do setor.

“Não restam dúvidas que são necessárias novas tecnologias que permitam a maior purificação do gás, tornando o processo economicamente mais viável e garantindo um gás com qualidade adequada” finaliza ela.

Fonte: Biomassa BR

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