Dados da Associação Baiana das Empresas de Base Florestal (ABAF) revelam que o setor de base florestal brasileiro prevê investimentos importantes até 2023, o que pode fomentar muitos projetos de cunho sustentável como a biomassa florestal. Juntos, segundo a instituição, os investimentos somam 35,5 bilhões de reais e grandes oportunidades de emprego também serão sentidas ao longo de suas execuções, um alívio para a economia do país que vem sendo afetada pela pandemia no novo coronavírus. Atualmente a indústria do setor emprega 1,4 milhão de trabalhadores e que com os novos projetos e expansões pode subir consideravelmente em torno de 3,7 milhões se considerados os empregos indiretos. Projetos que envolvem celulose, papel e painéis de madeiras estão entre os principais responsáveisAinda segundo ABAF, projetos que envolvem a produção de celulose, papel e painéis de madeiras estão entre os principais responsáveis pelo desenvolvimento do setor uma vez que mesmo em meio a pandemia, os produtos de base florestal alcançaram cerca de 8 bilhões de dólares de crescimento, sendo 6 bilhões em projetos de celulose, 1,7 bilhão em papel e 276 milhões de dólares em painéis de madeira. Para a Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) o avanço do setor florestal também vem permitindo contribuir com o desenvolvimento de regiões carentes. De acordo com José Carlos da Fonseca, diretor institucional da Ibá, municípios onde há plantios cultivados conseguiram aumentar o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) em 53% visto que 830 milhões em programas socioambientais são investidos pela indústria. Produção sustentável também vem permitindo crescimento do setor com base florestalOutro ponto importante desse crescimento envolve a expansão de bioprodutos e biomateriais para o mercado nacional e internacional, segundo a Ibá. O setor de árvores plantadas foca em produtos sustentáveis. Paulo Hartung, presidente da Ibá, reforça que a indústria florestal cuida do futuro e que a bioeconomia possui um papel importante para a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas. “À medida que ocorrer a transição de uma economia de alta emissão de carbono para baixa emissão e bioeconomia, incluindo aquela baseada em florestas plantadas, o estoque de carbono e as remoções de carbono aumentam, ou seja, o setor consegue ampliar seu benefício climático para o planeta” explica Hartung.De modo geral o alto nível de investimentos previsto para o setor traz expectativas positivas quanto o crescimento da economia verdade, onde além do desenvolvimento econômico que as expansões trarão o correto manejo dos recursos naturais e auxiliarão no combate às mudanças climáticas.“Rastreabilidade é um imperativo para esta cadeia, que há mais de duas décadas opera dentro de níveis de excelência, não somente cumprindo, mas indo além do que certificadores como FSC e, até mesmo, a legislação ambiental nacional exigem. 100% da matéria-prima vinda da indústria tem origem em florestas cultivadas. O desmatamento ilegal é repudiado pelas companhias do setor, que inclusive se destacam como as que mais conservam áreas naturais no País” finaliza Hartung. Fonte: Biomassa BR
