Transformação de lixo orgânico em fertilizante tem sido fomentada em Minas Gerais

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Iniciativa sustentável vem da EPAMIG e tem sido usada em várias plantações.

O uso de biomassa florestal tem sido base para a transformação do resíduo em fertilizante renovável em Minas Gerais. A iniciativa nasceu no Instituto de Laticínios Cândido Tostes (ILCT), o qual é vinculado à Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG). O projeto tem utilizado resíduos orgânicos oriundos da área verde do instituto para fazer a transformação.

Conforme a Agência Minas, porta-voz do governo do estado, o projeto gira em torno da compostagem, onde o material orgânico coletado é tratado a fim de transformá-lo em um rico fertilizante capaz de ser utilizado em qualquer plantação. A biomassa, no entanto, saiu dos serviços de jardinagem e capina do instituto, uma vez que uma área de 40 mil m² de área verde do ILCT está a disposição no local e gera um volume muito extenso de resíduos orgânico como folhas, cascas e podas de árvores.

Em nota, Claudety Saraiva, professora-pesquisadora do ILCT e coordenadora do projeto, revela que esta técnica de decomposição usufrui da ação de microrganismos e gera, ao fim do ciclo, um composto orgânico muito eficaz. Na ocasião ela cita que o produto pode ser usado em hortas, jardins, pomares, no cultivo de plantas domésticas, entre outras questões.

“A compostagem melhora as características físicas, químicas e biológicas do solo. As vantagens são infinitas, pois, ao invés de mandarmos esse material para um aterro sanitário, como era feito anteriormente, reciclamos e o devolvemos para o solo” explicou ela.

A pesquisadora também reforça que todos os profissionais do instituto estão engajados na causa renovável até o momento, onde a separação do lixo e auxílio na organização dos resíduos estão acontecendo de forma espontânea. “E isso inclui até borras de café, separadas e destinadas às leiras de compostagem, contribuindo para o processo e qualidade do composto final", explica Saraiva.

Devido ao grande potencial do projeto, ele também recebeu suporte técnico da Emater-MG recentemente a fim de contribuir com a implementação inicial da unidade de compostagem.

“O passo-a-passo se dá da seguinte forma: após o serviço de jardinagem, capina e poda das árvores, o funcionário responsável leva o material para a unidade de compostagem e o local onde as leiras serão formadas é forrado com folhas de palmeiras e outros materiais consideradas mais ‘grosseiros’, para melhorar a aeração do sistema. Em seguida, ele alterna camadas de material vegetal dos resíduos com camadas de esterco bovino seco, para aumentar a concentração de nitrogênio ", explica a agência.

Saraiva completa ainda que a inserção do nitrogênio se dá pelo fato do material orgânico ser pobre em sua concentração, não permitindo então que o composto possua o equilíbrio adequado.

Desde dezembro passado, a equipe utiliza o composto orgânico gerado pela unidade de compostagem na adubação das áreas verdes do instituto. Saraiva reforça, por sua vez, que o projeto tem planos para comercializar o fertilizante natural em pequenos sacos de 2kg e disponibilizá-los para produtores e interessados em geral no futuro.

Fonte: Biomassa BR

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