Especialistas afirmam que demanda é crescente em GD no Brasil mesmo diante do cenário de Guerra no exterior

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Conflito entre Rússia e Ucrânia vem trazendo dúvidas quanto ao futuro energético, contudo crescimento da GD ainda é bastante expressivo no país devido conta de energia continuar cara afirmam empresários

O segundo dia do Fórum GD - Região Nordeste nesta quarta-feira, 4 de maio, trouxe bastante debate sobre o setor e os rumos futuros do mesmo. Isso porque muitos especialistas consideram o momento delicado diante da influência que a guerra entre Rússia e Ucrânia está trazendo ao mundo.

O embate que antes era previsto para apenas poucos dias vem se estendo, e com isso obstáculos na questão de fornecimento de materiais, componentes e demais equipamentos voltados para GD.

Dentre as considerações sobre a cadeia produtiva do setor, César Augusto, da Domínio Solar, entretanto afirma que mesmo diante da alta e baixa do dólar o setor tem conseguindo superar os obstáculos. A demanda segundo ele ainda demonstra forte crescimento, o que é bastante significativo e seguro para quem deseja investir no setor atualmente.

Para ele um dos motivos que ainda favorecem a GD no Brasil é a alta na conta de energia elétrica. Mesmo com reservatórios cheios, Augusto explica que o governo autorizou aumento de 20% na conta de energia para suprir outros gastos do passado. Dessa forma a conta de energia elétrica ainda se mantêm exorbitante, o que acaba por fomentar a procura por outras fontes energética por parte dos brasileiros. Segundo ele toda essa conta incluindo guerra, covid e aumento do dólar não deve frear a necessidade do consumidor em pagar mais barato na conta de energia elétrica através da fonte solar.

Capacitação ainda é carência no setor energético do Brasil

Mesmo com o crescimento expressivo, os empresários do setor ainda revelam que o setor energético como um todo no país também enfrenta uma defasagem grande na questão de capacitação de mão de obra. Merivaldo Britto, da MB Soluções, por sua vez, destaca que essa carência é antiga no país e que o potencial poderia ser ainda maior se houvesse pessoas mais qualificadas.

“A carência da eletricidade, não é de hoje. Ela é uma defasagem de um setor energético que foi muito mal disciplinado para os eletricistas. O eletricista antigo ele traz uma carga de experiência não suficiente para atender a tecnologia de hoje. Ou seja, ele entende que ele leva um choque, mas ele não sabe o que é tensão ou ampere. E aí é que cabe muito das empresas de ter esse cuidado com a capitação e buscar profissionais que falem essa linguagem coloquial” comenta Britto.

William Cambuhi, da Célula Energia, por sua vez destaca que a falta de capacitação permite que muitos profissionais acabem atuando sem conhecimento adequado. Colocando dessa forma em risco o sistema e o projeto solar como um todo, sem contar a própria segurança.


GD vem mesclando outra fontes renováveis, o que favorece seu crescimento


Outro ponto debatido durante o fórum foi o crescimento da geração distribuída gerada por várias outras fontes renováveis e não somente solar. Apesar da fonte através do sol ainda ser a maior delas neste tipo de geração, Tiago Arruda, da Oeste Solar Energia, destaca que outras fontes também podem ser trabalhadas, o que aumenta seu potencial no geral.

“A solar é realmente a que mais encabeça esse crescimento porque ela é a mais barata de você entrar. Com um ticket muito baixo você consegue ser gerador da sua própria energia. Mas os melhores números do ponto de vista de quando você põe na última linha lá, quando você usada geração de biomassa ou de solar, a biomassa por ela ter um fator de capacidade muito maior do que a solar, você vai ter uma economia no custo de conexão. Então os melhores números não estão na solar” explica ele.


Fonte: Biomassa BR

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