Biofertilizante criado a partir de dejetos suínos tem sido utilizado em campos de futebol no Paraná

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Bioproduto é visto como alternativa importante no desenvolvimento sustentável e tem contribuído para a qualidade do solo.

Um biofertilizante criado a partir de dejetos suínos está proporcionando uma grama verdinha nos campos do Estádio Olímpico Regional Arnaldo Busatto, de responsabilidade do clube paranaense FC Cascavel.

O produto tem sido doado pela usina híbrida de biogás e energia solar fotovoltaica, EnerDinBo, a qual está localizada em Ouro Verde do Oeste, no Paraná. A iniciativa tem acontecido não só para o clube de futebol em especial, mas também sido repassada para aos produtores rurais parceiros, que usam o produto nas lavouras e também estão obtendo bons resultados.

Thiago Gonzalez, diretor técnico da EnerDinBo, explica que o biodigestor da usina gera biogás, mas também traz um subproduto bastante potente que é o biofertilizante.

“O biodigestor é abastecido com matéria orgânica, no nosso caso dejetos de suínos. Ali dentro ocorre a digestão anaeróbia, sem a presença de oxigênio e aí surge o biogás e o biofertilizante ou digestato” explicou ele.

Experiência com biofertilizante tem sido bastante positiva nos campos de futebol

A novidade na grama dos campos de futebol do clube paranaense tem trazido resultados bastante positivos segundo Paulo Antunes, o responsável pela qualidade do campo no FC Cascavel.

De acordo com ele, muitas técnicas já haviam sido utilizadas antes para manter o gramado em bom estado e a aplicação do biofertilizante trouxe realmente resultados impressionantes na visão dele. “Estou encantado com a qualidade da grama e com o quanto o trabalho foi otimizado com a aplicação", ressaltou Antunes.

Para o clube a aplicação do biofertilizante proporciona uma economia significativa de água no cotidiano, além de tranquilidade nos períodos de seca, segundo Antunes.

“Só nos campos do centro de treinamento profissional, quando eu aplicava fertilizante químico, eu tinha que usar 60 mil litros de água por dia para irrigar. Depois que passamos a aplicar o digestato, esse número caiu para 40 mil litros e não preciso mais fazer o trabalho diariamente” destacou ele.

Produto sustentável proporciona um solo mais rico em nitrogênio, fósforo e potássio

O potencial do biofertilizante é explicado por González como um produto rico em nutrientes capazes de melhorar a qualidade do solo. De acordo com ele, o solo ganha nutrientes como nitrogênio, fósforo e potássio.
“A adubação química aporta uma grande quantidade de nutrientes de uma só vez. Já com o nosso biofertilizante, a ação tem longa duração” revela ele.

O biofertilizante é líquido e a produção na usina é de 380 m³ por dia. Desde fevereiro deste ano, o time cascavelense já recebeu 39 cargas de 16 mil litros cada. Nesse período, nem mesmo as geadas, que castigaram a região no inverno, atrapalharam a vitalidade da grama.

Antunes explica que o biofertilizante é tão bom que mesmo com as mudanças climáticas o produto conseguiu recuperar o solo de forma satisfatória. “Em uma semana conseguimos recuperar tudo! O produto é ideal para nosso tipo de clima. Eu não troco mais ``, finalizou ele.

Fonte: Biomassa BR

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