Bioeletricidade já representa 9% da potência outorgada na matriz elétrica

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Geração de energia a partir de usinas de biomassa já é maior que termelétricas à gás natural.

A geração de energia através das usinas de biomassa pode estar entre as soluções de combate a crise hídrica que afeta o país e coloca em xeque a produção de eletricidade.

Dados da União das Indústrias de Cana de Açúcar revelam que a produção de energia através da cana ultrapassou a capacidade instalada outorgada das usinas termelétricas à gás natural em 2021.
No último mês, a fonte renovável atingiu 15.705 MW, sendo 128 MW a mais que as usinas fósseis, as quais atingiram a produção de 15. 577 MW. Na visão de Zilmar Souza, gerente de bioeletricidade da UNICA, a expectativa é que a participação da biomassa possa crescer ainda mais no país nos próximos anos.

“Uma contratação robusta e regular da bioeletricidade, tanto no mercado regulado quanto livre, traz maiores volumes de uma energia renovável, sustentável, não intermitente e efetivamente complementar à fonte hidrelétrica, poupando água nos reservatórios, principalmente do Sudeste/Centro-Oeste, ao mesmo tempo em que proporciona uma real modicidade nas contas do consumidor, sobretudo, em momentos semelhantes ao atual, de escassez hídrica” pontuou Souza.

O cenário das usinas de biomassa no Brasil hoje

De acordo com a UNICA, o Brasil possui hoje 9.453 usinas produtoras de energia elétrica no Brasil, onde juntas produzem 177.306 MW de potência instalada.

De todas elas, 584 são usinas de biomassa e responsáveis por 15.705 MW instalados, 9% da potência outorgada na matriz elétrica brasileira. A fonte que lidera a produção renovável é a cana de açúcar, segundo a instituição.

“A cana-de-açúcar é uma das culturas agrícolas mais antigas do Brasil e permanece altamente estratégica por sua capacidade de diversificação e de aproveitamento de resíduos. Produzimos açúcar, etanol, bioeletricidade, biogás e, em breve, biometano, com um grande potencial inexplorado, capaz de garantir que o desenvolvimento socioeconômico brasileiro seja apoiado em fontes energéticas de baixo carbono” explica o presidente da UNICA, Evandro Gussi.

Das perspectivas do setor sucroenergético brasileiro

Durante o webinar Bioenergy for Sustainable Development, promovido pela UNDESA (Departamento das Nações Unidas para Assuntos Econômicos e Sociais), Sustainable Water and Energy Solutions e Asociación de Azucareros de Guatemala (ASAZGUA), Gussi abordou a produção de energia através das usinas de biomassa no Brasil e revelou também as perspectivas do setor para os próximos anos.

O potencial da produção de etanol pelo país foi um dos temas levantados, assim como sua possibilidade de ampliação. As vantagens do Renovabio também receberam destaque durante o evento.
“A iniciativa tem ótimos efeitos no setor, pois premia aqueles que conseguem produzir dentro das práticas ESG. Quanto mais eficiente for a produção, mais CBios serão emitidos. Isso premia aqueles que fazem sua lição de casa” afirmou Gussi,

Já sobre o futuro da bioeletricidade em relação às usinas, a instituição acredita que os leilões de energia A -3 e A -4 agendados para o próprio dia 08 de julho podem fomentar a produção de energia limpa também.

“O cadastramento para os Leilões A-3 e A-4 já terminou e a fonte biomassa cadastrou 30 projetos, totalizando 1.358 MW. Se os 30 projetos fossem comercializados nesses leilões, prevê-se que haveria a injeção de algo como R$ 8 bilhões em investimentos na cadeia produtiva da biomassa no país e um acréscimo de 9% em relação à potência total instalada atualmente pela biomassa , revela a UNICA.

Já sobre a sustentabilidade, Gussi destaca que a próxima década será de combate às emissões de gases poluentes. “Nosso foco na próxima década é o combate ao aquecimento global com redução das emissões de CO2. Visamos passar de uma indústria sustentável para uma indústria de sustentabilidade, com boas práticas, mas também produtos e serviços derivados do nosso trabalho” finaliza ele.

Fonte: Biomassa
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