Renovabio vem incentivando empresas a descarbonizar através do biocombustível

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Créditos de descarbonização estão permitindo aumentar o ganho ambiental e incentivar a redução das emissões em toda a cadeia produtiva.

O programa Renovabio, responsável pela Política Nacional de Biocombustíveis vem contribuindo significativamente para as metas de redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE) no Brasil.

De acordo com União das Indústrias de Cana de Açúcar (UNICA) muitas empresas de bioenergia estão fomentando a comercialização dos chamados Cbios – Créditos de Descarbonização, um dos instrumentos orquestrados pelo Renovabio para descarbonizar o setor de combustíveis do país e assim aumentar a participação da bioenergia na matriz energética brasileira.

“O Crédito de Descarbonização (CBIO) é um dos instrumentos adotados pela Renovabio como ferramenta para atingir essa meta. Ele é emitido por produtores de biocombustíveis, devidamente certificados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), com base em notas de eficiência energética, índices de carbono e comercialização de etanol. Aos distribuidores de combustíveis fósseis foram atribuídas metas individuais e anuais de descarbonização calculadas pela ANP, com base na proporção de combustíveis fósseis que comercializam. Para atingir tais metas, os distribuidores devem adquirir CBIOs. Cada CBIO corresponderá a uma tonelada de gás carbônico evitado” explica a instituição.

Segunda maior produtora de etanol no Brasil já disponibilizou 2,4 milhões de Cbios

Um dos exemplos positivos do programa Renovabio com a comercialização dos Cbios é a empresa de bioenergia Atvos, considerada a segunda maior produtora de etanol do país.
Durante a Safra de 2020/2021 a empresa foi a principal emissora de créditos de descarbonização dentro do Renovabio segundo a UNICA, comercializando um total de 2,4 milhões de Cbios. O resultado positivo faz parte de todo um trabalho de gestão desenvolvido pela Atvos sobre as emissões de gases de efeito estufa (GEE).

Em entrevista ao Portal Biomassa BR, a gerente de sustentabilidade da empresa, Mônica Alcântara, explica que o inventário de GEE começou a ser desenvolvido na safra de 2011/2012 e com o passar dos anos a empresa foi aprimorando e participando das diversas iniciativas do programa.

“Nosso primeiro inventário de GEE foi realizado na safra 2011/2012. Desde então, acompanhamos as tendências e ferramentas do mercado para aplicá-las e participamos de diversas iniciativas como GHG Protocolo, simulação de sistema de comércio de emissões, análise de ciclo de vida e precificação de carbono. Desta forma, quando o programa Renovabio foi lançado, a Atvos já estava familiarizada com os conceitos e metodologias adotados. Por tudo isso, ganhamos em agilidade e despontamos entre as primeiras empresas a certificar todas as unidades operacionais no programa Renovabio e encerramos a safra 2020/21 como a maior emissora de CBIOs (créditos de descarbonização)” explicou ela.

Sobre a importância dos biocombustíveis Alcântara reforçou que a transição energética será necessária para frear os avanços do aquecimento global e isso inclui o uso dos combustíveis renováveis. Para a especialista a criação de políticas públicas que fortaleçam e fomentem os investimentos na produção de biocombustíveis e bioenergia são importantes. “O avanço para a economia de baixo carbono está diretamente relacionado à expansão da ofertas de produtos renováveis. A tendência é que o biocombustível seja cada vez mais valorizado pelo consumidor e por toda a sociedade” afirmou ela.

Já para o futuro, Alcântara acredita que a comercialização de créditos de descarbonização será cada vez mais incentivada e o Renovabio vem se mostrando um programa fundamental para a participação da energia limpa na matriz combustível do país.

“O Renovabio se mostrou ser um programa factível que fortalece a maior participação de energia limpa na matriz de combustível do país. Traz benefícios não só para o setor sucroenergético, mas para toda a sociedade que ganha com uma ação efetiva na melhoria da qualidade do ar. Neste sentido, o Renovabio possibilitou o fomento a iniciativas que contribuam para melhorar ainda mais a intensidade de carbono dos produtos com soluções ambientalmente mais eficientes na cadeia produtiva. Este talvez seja o maior benefício indireto do Renovabio” finaliza ela.

Fonte: Biomassa BR
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