Aproveitamento Bioenergético de resíduos

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A geração excessiva de resíduos vegetais associadas ao seu baixo aproveitamento, resulta em danos ambientais, além da perda significativa de oportunidade para a indústria, comunidades locais, governos e sociedade em geral

ARTIGO APROVEITAMENTO BIOENERGÉTICO DE RESÍDUO VEGETAIS EM CERÂMICAS

Fabrício Rufo Lins Bonifácio¹; Jacob Silva Souto²

Resumo

A geração excessiva de resíduos vegetais associadas ao seu baixo aproveitamento, resulta em danos ambientais, além da perda significativa de oportunidade para a indústria, comunidades locais, governos e sociedade em geral. Particularmente, em áreas carentes, a exemplo do semiárido do Nordeste brasileiro, que depende quase exclusivamente da lenha extraída da caatinga. As ações empreendedoras voltadas para a bioenergia podem ser uma grande fonte de riqueza, tendo em vista que são enormes as quantidades de energias demandadas atualmente. O“calor” é a forma, de energia mais utilizada para atender e sustentar um processo de desenvolvimento socioeconômico.

Procurou-se nesse estudo verificar o aproveitamento de coprodutos florestais e industriais na produção de tijolos conduzido nas dependências da Cerâmica Produto Bom, em Pilões (PB). Foram utilizados, coprodutos das cascas de coco (Cocos nucifera L.), eucalipto (Eucalyptus globulus Labill.), sabiá (Mimosa caesalpiniaefolia Benth.) em complementação ao material oriundo da caatinga (controle). O experimento foi instalado obedecendo um delineamento inteiramente casualizado, com seis tratamentos e três repetições. Os tratamentos consistiram da mistura de 20, 30 e 40% de coproduto de casca de coco, e 20% de coproduto de eucalipto e sabiá, respectivamente, em substituição a lenha, queimados em forno Hoffman com temperatura superior a 900 o C. Verificou-se que o aporte semanal médio de coproduto de 2.000 cocos rende 3.000 kg de material, que se forem adicionados na ordem de 40% à lenha para a queima de tijolos, haverá um aproveitamento de 69 milheiros de tijolos, ou seja, 50% dos 138 milheiros de tijolos produzidos semanalmente.

Além disso, tem-se a produção semanal de 269 kg de cinzas que poderiam ser utilizadas como corretivo do solo, sendo mais uma opção para o ceramista. Os resultados permitiram concluir que a incorporação de resíduos de casca de coco na ordem de 40% dá para reduzir em torno de cinco hectares de lenha extraída da caatinga, sendo considerado o material mais disponível e com logística facilitada e, a produção de cinzas residuais pode se tornar mais uma fonte viável na redução de custo ao agronegócio pelo seu aproveitamento químico na fertilização de solos da região, ao invés de serem descartadas como é prática comum na região de estudo. Palavras-chave: lenha, caatinga, resíduo de coco, tijolos, cinzas.

PALAVRAS-CHAVE: caatinga, coproduto de coco, tijolo, cinzas.

¹Mestrando Pós-Graduação em Agronomia/UFPB, rufofabricio@gmail.com._ ²Professor
Titular da Universidade Federal de Campina Grande /UFPB, jacob_souto@yahoo.com.br

Local: FIEP – Federação das Indústrias do Estado do Paraná.

Curitiba/PR - Brasil

Fonte: Biomassa BR

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