Segundo a Estratégia Nacional para o Hidrogênio (EN-H2), publicada em Diário da República o governo português prevê lançar durante este ano um concurso no valor de 40 milhões de euros, para apoiar projetos de produção e distribuição de energia renovável.O Governo pretende ainda implementar uma Aliança Nacional para o Hidrogênio, que servirá como plataforma de debate para o setor energético, envolvendo os principais agentes dos vários setores, sejam públicos ou privados, para que seja assegurado o cumprimento das metas e compromissos nacionais previstos na EN-H2.Até 2030 pretendem a inclusão da criação de 50 a 100 postos de abastecimento de hidrogênio, 10% a 15% de injeção de hidrogênio verde nas redes de gás natural, 2% a 5% no consumo de energia do setor da indústria, 1% a 5% no consumo de energia do transporte rodoviário e 3% a 5% no consumo de energia do transporte marítimo doméstico.A EN-H2 prevê ainda que se atinja, até 2023, 1,5% a 2% de hidrogênio verde no consumo final de energia e dois a 2,5 gigawatt (GW) de capacidade instalada em eletrolisadores.A ideia passa por promover o setor dos transportes, o hidrogênio e os combustíveis sintéticos produzidos a partir de hidrogênio, para que, em complemento com a eletricidade e os biocombustíveis avançados.O Conselho de Ministros aprovou no dia 30 de julho, o a EN-H2, determinando que o hidrogênio deverá ter um preço semelhante ao que hoje acontece para o gás natural, como afirmou na ocasião o ministro do Ambiente e Ação Climática. “A consulta pública mostrou que a indústria química é o grande cliente do hidrogênio”, João Pedro Matos Fernandes afirmou em conferência de imprensa. Cuja estratégia prevê um investimento de cerca de sete mil milhões de euros, com a meta de aquele gás representar 5% do consumo final de energia em 2030. O ministro afirmou também que todos os apoios públicos aplicáveis serão concedidos por “candidatura pública e concurso no âmbito do Programa Operacional de Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR) ou do programa que lhe suceda no próximo quadro comunitário de apoio”.Os apoios servirão para “garantir que não há nenhum prejuízo para os clientes e que o hidrogênio terá um preço em tudo comparável ao gás natural”.