Especialista ressalta que mudança na resolução 482 é prematura no país

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Carlos Café, vice presidente da ABGD, destaca que futuramente aprimoramentos serão necessários, porém ainda não é o momento

A resolução 482, que prevê a produção de energia pelo próprio consumidor, possui uma relevância não só do ponto de vista que a pessoa pode gerar sua própria energia, mas também do ponto de vista da geração de mais empregos, além de ser uma das tecnologias que mais reduzem os gases de efeito estufa na atmosfera.

A mudança nas regras prevista pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e que vem sendo bastante debatida e criticada pelos especialistas do setor, pode acabar com o bom desenvolvimento da Geração Distribuída no Brasil de acordo com Carlos Café, vice presidente da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD).

Café ressalta que a taxação o sol pode impactar o mercado e o desenvolvimento da energia solar no Brasil. Na visão dele a resolução vem em um momento bastante complicado e vem de forma prematura no mercado brasileiro. “Ela causa e tem um impacto exatamente o mesmo impacto que essa mesma lei teve na Espanha no início dos anos 2000 quando lá decidiu-se efetivamente criar um imposto ao sol e sendo umas das políticas mais ridicularizadas na comunidade europeia” afirma ele.

Para o especialista a resolução da 482 permite colocar o Brasil na vanguarda do combate as mudanças climáticas apesar da atual política ambiental. Para Café a produção de energia solar pelo próprio consumidor é uma oportunidade de renda e também diminui o subsídio social, pois as pessoas mais pobres podem utilizar energia renovável e os empresários também podem utilizar energia solar fotovoltaica.

A alteração da 482 se faz necessária para dar sustentabilidade a longo prazo segundo Café, mas isso significa de acordo com ele que a ação só será necessária quando o setor chegar em uma matriz energética com 15% de penetração da energia solar. “Essa é a hora que a gente precisa pensar em aprimoramentos para que a gente consiga atingir 100% ou 50% da matriz. Porque aí precisaremos colocar bateria, vamos precisar regular a rede, vamos precisar ajudar as concessionárias e distribuidoras para que elas consigam absorver mais energia, mas tudo no seu tempo” reforça ele.

Café destaca que atualmente a mudança na resolução é fora do tempo prejudicando e matando o setor sem um diálogo aberto, democrático e sensato tecnicamente com a sociedade.


Fonte: Portal Biomassa BR


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