O uso de biocarvão na recuperação de pastagens degradadas no Brasil pode ser uma boa alternativa em busca de fortalecer o solo. Uma pesquisa desenvolvida pela professora do Departamento de Geografia e Meio Ambiente da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), Agnieska Latawiec, destaca essa possibilidade. Obtido por meio da queima controlada de resíduos orgânicos (pirólise), como casca de coco ou galhos de árvores podadas, o biocarvão foi testado em duas etapas pela pesquisa sendo uma em laboratório e outra no campo. Cerca de 15 toneladas de biocarvão por hectare foram espalhadas e a partir disso várias análises colhidas. Durante as análises o crescimento de gramíneas forrageiras foi identificado, além dele o biocarvão também permitiu aumento de 27% na produtividade da gramínea de alta produção de massa seca, mais comumente usada nas pastagens usadas de alimento para gados. O país ainda não conta com um mercado comercial do biocarvão, porém seu uso em propriedades rurais seriam ideias para tornar o solo mais sustentável. Latawiec destacou em entrevista à Agência Brasil que o bioproduto poderá se tornar uma importante ferramenta contra a degradação ambiental. “Eu acredito que tem situações em que o biocarvão pode ajudar a recuperar terras degradadas, aumentar a produtividade e até prevenir a degradação ambiental, seja através de desmatamento ou pelo fogo, porque as queimas do lixo orgânico no meio rural acontecem o tempo inteiro, diariamente, o que também causa poluição, sem falar de outros impactos para a vegetação nativa, flora, fauna” destacou ela. Fonte: Portal Biomassa BR
