Pesquisa desenvolvida em Michigan mostra que a utilização de resíduos florestais não agride o ecossistema

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Estudo visa alavancar incentivos para a produção de bioenergia nos EUA

Os esforços para combater a emissão de gases de efeito estufa no mundo estão a todo vapor. Apesar de apresentar resultados lentos, a iniciativa renovável vem ganhando força. Uma pesquisa desenvolvida pela Universidade Tecnológica de Michigan, nos Estados Unidos, por exemplo, analisou três pontos importantes da utilização da biomassa florestal para gerar energia.

Atualmente a utilização de galhos, partes da árvore que são freqüentemente deixadas na floresta durante o corte em favor do tronco da árvore são recolhidas e usadas para gerar energia renovável no país. Porém alguns críticos afirmam que a extração da árvore inteira pode esgotar o solo e deixar o ecossistema mais fraco.

A pesquisa norte-americana vem para desafiar tal afirmação. A mesma abordou três questões que envolvem o setor, sendo a primeira a análise do efeito da remoção de resíduos em comunidades de plantas de sub-bosque, em vez de permitir que se decomponham. A segunda parte do estudo analisou os sistemas de exploração "cortados em comprimentos" usados intencionalmente para reduzir a compactação do solo. Já a terceira parte examinou a persistência de resíduos e diferenças no sequestro de carbono e macronutrientes entre locais onde os resíduos foram removidos e onde foram retidos.

De acordo com os autores do estudo, Michael I. Premer e Froese e Eric D. Vance, toda a análise da pesquisa chegou à conclusão que não há diferença na produtividade de álamos quando árvores inteiras são removidas. A pesquisa mostra que os galhos simplesmente não parecem desempenhar um papel muito importante na ecologia da produtividade das florestas, podendo sim ser retirados e utilizados na produção de bioenergia.

A expectativa agora é que o estudo desenvolvido permita que os estados norte-americanos olhem com outros olhos para a produção de biomassa florestal e incentivem a adoção da bioenergia, uma vez que alguns deles adotaram diretrizes para proteger solos e ecossistemas sem realmente entender a necessidade de diretrizes. Essa ação agregou complexidade e custo, o que desincentivou a adoção da bioenergia no país.


Fonte: Portal Biomassa BR

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