Geração de energia com Bambu

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Parcerias empresa e universidade discutem o Bambu no Brasil

No dia 11 de agosto, nas dependências do curso de pós-graduação da Engenharia Florestal da Universidade Federal do Paraná, o Sr Guilherme Korte da Aprobambu Brasil, realizou a apresentação da palestra “Manejo, uso e potencial bionergético do Bambu” na disciplina de Seminários em Tecnologia e Utilização de Produtos Florestais, sob a coordenação dos Professores Dr. Dimas A. da Silva e Dr. Umberto Klock.

A participação do Sr Guilherme nesta disciplina de pós-graduação em Engenharia Florestal foi viabilizada pelo patrocínio do Grupo FRG Mídias & Eventos, Biomassa BR e Revista Brasileira de Biomassa e Energia.

A palestra teve como objetivo apresentar e discutir o Bambu com os alunos de mestrado e doutorado do programa de pós-graduação da Eng. Florestal da UFPR, e contou também com a participação professores universitários da UFPR e outras instituições de Ensino e Pesquisa, profissionais de outras áreas e segmentos industriais, representantes de organizações privadas e da Emater PR.

Durante a sua apresentação, foram abordados a silvicultura, manejo e tecnologias de colheita do Bambu no Brasil e outros países; as tendências tecnológicas para processamento e uso do Bambu nas indústrias de papel e celulose, estrutura e construção civil; produção agrícola; uso energético; perspectivas mundiais; aspectos econômicos de produção e geração de valor financeiro, social e ambiental.

Os principais pontos apresentados pelo Sr. Guilherme foram:

Mercado - a estruturação e reposicionamento do mercado norte americano (USA e Canadá) para produzir fibras de bambu para a indústria de papel e celulose; a organização de setores agrícolas para emprego do bambu processamento na cadeia de insumos agropecuários e florestais; os benefícios e ganhos da qualidade da matéria-prima bambu no setor de construção civil; o potencial uso do bambu para gerar valor às pequenas propriedades rurais brasileiras; desenvolvimento de economias de baixo carbono; desenvolvimento da cadeia farmacológica; o crescimento da cadeia de valor do bambu, com agregação de novos produtos e usos para o bambu in natura ou processado e seus coprodutos.

Tecnologia - avanços tecnológicos para a colheita e processamento do bambu em pequenas e largas escalas; as viabilidades biotecnológicas do bambu para geração de energia, produção de compósitos como pellets, briquetes, pisos sólidos, pisos laminados e componentes estruturais da construção civil; sistemas de secagem, tratamento e processamento para aumentar a eficiência e ganhos industriais; ganhos no volume de produção de fibras para o setor da indústria do papel e celulose; uso e produção farmacológica.

Manejo e Silvicultura – espécies mundiais e brasileiras; produtividade dos plantios; técnicas de produção de mudas, plantio e manejo; demandas técnicas das plantações de bambu; usos do bambu para composições ecofisiológicas na recuperação de áreas degradadas, áreas de proteção, divisas de terrenos, proteção dos solos e águas; técnicas, sistemas, máquinas e equipamentos de colheita do bambu; aumento da produção de fibras para usos diversos.

Bioenergia – características físicas e químicas do bambu; rendimentos para geração de calor específico superior e inferior; técnicas e sistemas de secagem do bambu e produção de carvão, pellets e briquetes.

Socioambientais – redução no consumo energético para produção de bambu e energia oriunda do bambu; ganhos ambientais por meio do sequestro de carbono, uso da biomassa como biocombustível para geração de bioenergia e redução da produção de gases de efeito estufa (GEE) oriundos do consumo de combustíveis derivados de produtos fósseis, como o diesel, gasolina e petróleo; diversidade de produtos e mercados para uso do bambu; uso de coprodutos do bambu na produção de compostos orgânicos e de fertilização de solos e produção agrícola, que dentre suas várias possibilidades, a produção de broto do bambu para alimentação foi ressaltada.

Ao final da apresentação alunos e demais participantes permaneceram debatendo o tema e solicitando esclarecimentos sobre o Bambu por mais de uma hora, e não esconderam suas motivações sobre os diferentes potenciais econômicos do Bambu para o Brasil. Os alunos e participantes ressaltaram ainda a importância do desenvolvimento destas parcerias para o desenvolvimento conjunto da ciência, tecnologia, indústria e economia nacional.

Fonte: Biomassa BR
(Com informações de Marcelo Langer - UFPR)

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