Economia

Image

PIB baixo, pressão por aumento de preços e eleição desafiam aplicações

Baixo crescimento econômico, pressão por aumento de preços, além do vaivém de indicadores ao sabor das pesquisas eleitorais. Soma-se a isso as incertezas em relação ao fim dos incentivos econômicos nos EUA, crise na Europa e tensões geopolíticas na Ucrânia e Oriente Médio.

Ganhar (ou não perder) dinheiro até o final de 2014 será um trabalho mais difícil para os gestores de fundos do que foi no primeiro semestre, período que compreende o ranking da Folha de fundos.

Pela frente virão aumento de preços represados (gasolina, energia, serviços públicos etc.) e remédios amargos como corte nos gastos públicos e aperto nos juros.

Como há mais dúvidas do que certezas, a melhor estratégia é diversificar: distribuir o dinheiro em renda fixa, DI, ação, dólar e multimercado.

Com a aplicação em renda fixa, o investidor se protege em caso de redução nos juros -cenário provável se a economia se deteriorar mais.

Com o investimento nos fundos DI, ganha-se em caso de aumento de juros devido à persistência da inflação.

Os fundos cambiais são uma proteção caso os EUA subam os juros, retirando dinheiro dos países emergentes. Ouro será beneficiado se as crises na Ucrânia e no Oriente Médio perdurarem.

Todos esses cenários podem se confirmar, alternando-se nos próximos meses, valorizando uma e corroendo outra aplicação.

Se a pessoa tiver um pouco em cada segmento, é só esperar o investimento maturar. Ganha quem sair na hora certa (na alta).

Na primeira metade de 2014, perdeu quem apostou que o dólar subiria (a moeda americana teve perda de 6%).

A inflação se acelerou e corroeu investimentos que seguem os juros pós-fixados -caso dos fundos DI. Por outro lado, impulsionou os que seguem índices de preço e juros prefixados -fundos de renda fixa e de índices de preços.

A previsão para o PIB foi revista sucessivas vezes para baixo, reduzindo as perspectivas para as ações. A Bolsa só reagiu a partir de abril com o crescimento dos candidatos de oposição nas pesquisas eleitorais, sob o argumento de que conduziriam uma gestão menos política e mais focada no lucro das estatais.

O ranking, preparado pelo Sistema Comdinheiro de acompanhamento de ativos financeiros, inclui fundos de aplicação mínima de até R$ 100 mil, com início anterior a 1º de janeiro deste ano. São fundos com mais de cem cotistas e que não são exclusivos nem são para investidores qualificados. Não foram incluídos produtos para clientes do segmento private (gestão de fortuna).

Toni Sciarretta
Fonte: Folha de S. Paulo

Gostou do Conteúdo, Cadastre-se já e receba todas as notícias de BiomassaBR no seu email cadastrado

Compartilhe esta noticia: