Cana de açúcar

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Cana impulsiona emprego na indústria na região de Ribeirão Preto em 2014

O nível de emprego na indústria na região de Ribeirão (313 km de São Paulo) mostrou avanço no primeiro trimestre deste ano, mas ainda não conseguiu recuperar as perdas do ano passado.

Segundo pesquisa do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), os empregos gerados no começo do ano no setor sucroenergético regional garantiram a alta.

Registraram alta no saldo do emprego de janeiro a março as regiões de Franca (400 km de São Paulo), com 6,45%; Araraquara (273 km de São Paulo), com 5,27%; e Sertãozinho (333 km de São Paulo), com 4,22%.

São Carlos (232 km de São Paulo) permaneceu praticamente estável e Matão (305 km de São Paulo) sofreu uma queda mais acentuada no nível do emprego, de 5%, segundo o Ciesp.

Nos últimos 12 meses, porém, as regiões de Franca, São Carlos, Araraquara, Sertãozinho e Matão registraram queda no nível de emprego -resultado da diferença entre admissões e demissões no setor da indústria regional.

"2013 foi um ano ruim para a indústria", disse o gerente regional do Ciesp em Araraquara, Charles Bonani.

"Grande parte do desempenho de geração de emprego está em um único setor, que é açúcar e álcool", disse o diretor do departamento de pesquisas e estudos econômicos do Ciesp, Paulo Francini, por meio da assessoria.

"Os demais setores que não são açúcar e álcool tiveram redução. Então, não é um resultado auspicioso."

Para Bonami, a alta dos juros, que encarece os empréstimos, e a baixa confiança, prejudicam a economia e os empregos no Brasil.

A indústria do Estado de São Paulo criou 6.000 novas vagas de trabalho em março, uma variação de 0,24% em relação a fevereiro.

Segundo Francini, o resultado de setores ligados à cadeia de produção da indústria automobilística preocupa, com demissões no setor e estoques altos nas fábricas e montadoras.

A pesquisa apontou que a indústria de produtos de borracha e de material plástico demitiu 1.082 funcionários em março, e o segmento de veículos automotores, reboques e carrocerias fechou 1.512 postos de trabalho.

Segundo Francini, os estoques de veículos prontos subiram de 37 dias, em fevereiro, para 48 dias em março, volume considerado por ele como "recorde" do setor.


Felipe Amorim
Fonte: Folha de S. Paulo

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